IBOPE pesquisou perfil dos donos de pets brasileiros
Já viu aquela brincadeira que circula nas Redes Sociais, que mostra as diferenças de donos de cães e de donos de gatos de forma cômica? Parece que as diferenças de comportamento e perfil dos proprietários dos dois tipos de bichos de estimação existem mesmo e são quase opostas. É o que uma pesquisa inédita feita pelo IBOPE Inteligência quer divulgar, tendo analisado quem são e como se comportam os donos de cães e gatos brasileiros. Um terceiro perfil também foi analisado: o não-proprietário.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), recentemente, mostrou que o Brasil possui 52,2 milhões de cães e 22,1 milhões de gatos sendo que, dos 65 milhões de domicílios do país, 44,3% possuem pelo menos um cachorro e 17,7% pelo menos um gato. Na pesquisa do IBOPE, homens e mulheres a partir dos 25 anos, foram divididos em três grupos: donos de cães, donos de gatos e não possuidores – com intenção de ter um pet nos meses de janeiro e fevereiro de 2015.
A conclusão foi a de que a relação dos tutores com seus cães era mais pragmática, e os donos de gato são perfis menos “envolvidos”. Mulheres têm mais gatos, que homens, e castram seus gatos, morando em locais mais protegidos como apartamentos. Os homens casados preferem ter cães, moram em casas térreas e compartilham os cuidados do bicho com outras pessoas da casa. Ainda segundo a pesquisa, os donos de cães parecem ter um perfil mais “família”, enquanto os donos de gatos e os que não têm pets são mais jovens e solteiros.
Perfis de tutores
Quem é “gateira ou gateiro” sabe: o gato é um animal que demanda muito menos atenção e gasto de energia do que um cão, já que além de dormir cerca de 16 horas por dia, tem um porte muito pequeno. Para a campo-grandense Amanda Josias, 27 anos, publicitária que mora sozinha, o gato é um animal que “não incomoda” tanto quanto o cachorro. “Eu trabalho o dia todo e fico fora, meus gatos, Frodo e Petico, ficam tranquilos na minha casa. Chego e eles ficam em volta, pedem carinho, mas não exigem atenção como um cachorro. Eu não teria um cão pois moro em um local pequeno e o gato, se criado dentro da posse-responsável, vive melhor”, define a publicitária.
Porém, ela recomenda que não se tenha um único gato se a pessoa morar sozinha como ela. “O gato criado sozinho, com o dono que passa o dia inteiro trabalhando, tende a ficar muito triste e sem motivação. O melhor é ter gatinhos em pares, dessa forma um faz companhia para o outro. E sempre castrar o gato, que se prolifera muito rápido e gera muitos filhotes que podem ser abandonados”, recomenda.
Para ela, o cão combina mais com casas onde possa correr, ter liberdade, espaço e atenção mais exacerbada do que a necessitada por um gato. O empresário Joele Moreira, 43 anos, concorda, e afirma preferir os cães. “Divido a casa com meu irmão e temos duas labradoras, a Lara e a Kiara, e elas demandam muita atenção e espaço. Por sorte nossa casa é grande e elas podem brincar bastante. Gosto de gatos também, mas no momento acredito ser melhor criar apenas as duas, que já dão trabalho suficiente. Labrador é uma raça amorosa e brincalhona, mas até atingir a maturidade, demanda bastante cuidado”, explica Joele.
Tanto para os gateiros quanto para os “cachorreiros”, o sentimento compartilhado é sinal de conforto emocional, bem estar e vivência com uma espécie diferente da sua. Todos os donos sentem-se amados pelos seus bichos, e muitos consideram o pet seu filho. “Nem sei como seria minha vida sem meus peludos. Eles estão sempre onde estou, são muito companheiros”, relata Amanda.