O do Rio de Janeiro pode ser visitado, mas dessa vez virtualmente. Após o incêndio do último mês de setembro, o Arts & Culture, projeto do gigante de buscas voltado para a cultura, disponibilizou um tour virtual pelo Museu com imagens das obras antes do acidente.

É possível ver objetos importantes da coleção do museu, como o crânio de Luzia – o esqueleto mais antigo encontrado nas Américas –, o meteorito Bendegó, o vaso Marajoara e o sarcófago de Sha-amun-en su. Há ainda um áudio explicando detalhes das peças do acervo.

O tour virtual pode ser acessado aqui.

O Museu Nacional, vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é a mais antiga instituição científica do Brasil e um dos maiores museus de história natural e de antropologia das Américas. Serviu como palácio da família real portuguesa entre 1808 a 1821. O edifício é tombado pelo Instituto do e Artístico Nacional (Iphan) desde 1938.

Um incêndio de grandes proporções destruiu o acervo do Museu Nacional, na zona norte do Rio de Janeiro, na noite de 2 de setembro de 2018.

Veja abaixo alguns dos bens que estavam no acervo do Museu Nacional:

O Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro teve uma perda de bens históricos e científicos incalculável. O acervo com quase 20 milhões de itens foi atingido por um incêndio que teve início às 19h30 e só foi controlado pelo Corpo de Bombeiros local às 3h do dia 3 de setembro.

O prédio, criado por D. João VI há 200 anos e que foi residência da família Real e Imperial brasileira, continha uma coleção egípcia adquirida por D. Pedro I; trono do Reino de Daomé, presenteado ao Príncipe Regente D. João VI; o fóssil humano mais antigo encontrado no Brasil, nomeado de “Luzia”; o maior e mais importante acervo indígena do país e uma das maiores bibliotecas de antropologia com documentos originais de centenas de anos.

Além, o museu abrigava o Meteorito do Bendegó, siderito descoberto na Bahia, em 1784. Um dos poucos sobreviventes ao incêndio da última madrugada. Felizmente, não houveram feridos.

Enquanto o dano total ainda está sendo investigado, acredita-se que 92,5% de seu arquivo tenha sido destruído. Em carta aberta, o diretor da instituição, Alexander Kellner, afirmou o foco na reconstrução do espaço. “Apesar de termos perdido uma parte significativa do acervo, o Museu Nacional jamais perdeu a capacidade de gerar conhecimento”, explicou.