É engraçado, porque tudo foi diferente nesta manhã (1°). E é primeiro de abril, mas não é mentira. Cheguei diferente no trabalho, com o coração disparadinho e me senti confortável em “me abrir com as meninas”. Afinal, quantos ‘homens da chipa’ ainda existem por aí?
Contei a elas sobre uma cantada que havia levado no trânsito, daquelas que não se leva mais por aí. O desabafo foi legal, e levantamos questionamentos como: ‘Quantos homens ainda tentam uma cantada por aí?’ e ‘Mãe ainda leva elogio? Isto existe para a gente?’.
Acostumada a pegar sempre o mesmo caminho, hoje mudei a rota e fui dirigindo pela Rua 7 de Setembro quando, na esquina com a Rua José Antônio, um motorista em uma Ranger preta, emparelhou com o meu carro. Eu tinha acabado de comprar duas chipinhas e, como estavam quentinhas, peguei um pedacinho para saborear.
No entanto, em um relance, acabei virando o rosto para o lado. E a surpresa veio: “Eu nunca vi uma mulher tão linda comendo uma chipa!”.
E era para mim a frase. Dei um sorriso, ele aproveitou a deixa e continuou: ‘Você parece ser muito simpática. Sorriso Bonito. Tem algum compromisso agora? Aceitar tomar café da manhã comigo?’.
Assustada com a investida tão direta em tempos onde o máximo que os homens têm feito é dar uma curtida em postagem das redes sociais, acabei dizendo que não podia.
Avisei que estava atrasada para o trabalho (não estava, mas fiquei nervosa). O sinal ficou verde, fui embora, segui adiante…
Duas quadras adiante, outro semáforo. O condutor da Ranger emparelha novamente, e continua: ‘Deixa eu te conhecer. Me passa seu telefone?’. Eu disse não.
E então ele dá a última cartada: ‘Aceita fazer uma loucura? Para o carro aqui, vamos nos conhecer, me dá um beijo? Queria um beijo seu!’. Morta de vergonha novamente, dou um sorriso e vou embora. Ele foi dirigindo e me olhando até que nos perdermos de vista.
Chego no trabalho, com a chipa na mão, e conto a história. Demos risada e brincamos com nossa autoestima.
Mas o questionamento que ficou é sério: A gente não vê mais homens dando cantadas em mulheres. Cantadas reais, que não extrapolem, que não beirem o assédio, que sejam apenas um cortejo e que podem – caso a mulher queira e aceite – iniciar algo saudável.
Qual é o motivo? Medo do empoderamento feminino? Ficou mais fácil usar somente as redes sociais para mandar coraçãozinho e esperar algum retorno? Pura falta de atitude? Queremos saber! Homens, apareçam, contem para a gente!
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