O garoto começou a aprender sobre mágicas em um site, em meados de 2006, e não parou mais. A mãe, que era decoradora, passou a oferecer os shows dele, em Ponta Porã, na fronteira do Estado. Assim, com apenas 13 anos, Everton Machado Rezende começou a construir sua história e hoje, aos 32, retorna para o Brasil com o “Grand Prix da Mágica” e a notícia que, em breve, irá novamente representar o país, em mais uma competição mundial na Itália.
Fugindo do convencional, Everton explica que une humor e mágica cômica. Aliás, quando mudou-se para Campo Grande, disse que os únicos espaços que tinham disponíveis, para apresentação, eram os shows de comédia. Desta forma, passou a unir mágica, teatro, comédia e artes plásticas em performances que fogem do convencional.
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“Já são 18 anos dedicados a arte do ilusionismo e aí existem competições na área, a maior é o FISM (Fédération Internationale des Sociétés Magiques), que seria como a ‘Copa do Mundo da Mágica’, e ocorre a cada três anos em um país diferente, o próximo será na Itália, em julho deste ano. Aliás, para esta competição, é necessário um aval das sociedades mágicas do continente que envia aos seus representantes”, argumentou.
Everton já tinha participado do maior evento de mágica da América Latina, tornando-se campeão
Antes, ainda neste mês de fevereiro, Everton participou do Flasoma, que é o maior evento de mágica da América Latina, recebendo o direito de também participar do FISM.
“Em cada competição tem as categorias diferentes de mágica, e um pódio com primeiro, segundo e terceiro lugar. E tem também um grande prêmio, ou Grand Prix, que é uma premiação acima de todas, quando o competidor atinge uma pontuação muito alta. E foi justamente o Grand Prix que eu ganhei há alguns dias, no Flasoma Cali 2025, na Colômbia, e agora vou para o mundial na Itália”, ressaltou Machado.
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Na competição, Everton explicou que o ato “Pintor do Absurdo” foi desenvolvido há seis anos e já havia sido consagrado com o 1º lugar no Campeonato Brasileiro de Ilusionismo, em novembro de 2024, garantindo sua vaga para disputar o Flasoma.
O espetáculo retrata a rotina de um pintor envolto no caos criativo, onde a realidade se dissolve e os objetos ganham vida própria. Com uma atmosfera dramática e elementos visuais impactantes, a performance cativa e emociona o público.
O desenvolvimento do ato foi fortemente influenciado pelo livro “A Tentativa do Impossível”, do teórico da mágica Ricardo Harada. Everton incorporou ao estudo um método, que permite transformar qualquer ato mágico em uma experiência cênica com profundidade artística.
“Eu adicionei ao trabalho do Harada uma ferramenta, um filtro que ajuda a estruturar a mágica para que ela ganhe uma nova dimensão no palco”, finalizou o artista.
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