Uma das espécies mais queridas pelos visitantes do Bioparque Pantanal, em Campo Grande (MS), as salamandras mexicanas (axolotes) poderão ajudar no combate ao câncer de mama em um futuro muito próximo. Isso porque um novo estudo revelou que o muco presente na pele desses animais pode matar células de câncer de mama de forma seletiva.
Também conhecidos como monstrinhos mexicanos, os axolotes estão entre as principais atrações do ponto turístico de Mato Grosso do Sul e encantam a criançada, que faz associação direta a personagens adorados do filme “Como Treinar Seu Dragão”.
Não nativos do Brasil, eles têm aparência selvagem e são famosos pela capacidade de regenerar seus membros. Agora, cientistas descobriram que esses bichinhos contam com mais um superpoder: o de destruir bactérias resistentes a alguns antibióticos e, principalmente, de aniquilar seletivamente células de câncer de mama.

De acordo com o estudo, realizado na Alemanha, pesquisadores da Faculdade de Medicina de Hannover identificaram 22 candidatos a peptídeos (blocos de construção de proteínas) no muco dos axolotes.
Quatro deles se mostraram altamente eficazes contra o MRSA (Staphylococcus aureus resistente à meticilina), alguns até superando a vancomicina, um dos antibióticos de último recurso mais poderosos.
Ademais, três desses peptídeos provocaram a morte programada em células do câncer de mama, sem afetar o tecido mamário saudável. Confira aqui a pesquisa, publicada na Revista Plos One.

Para se ter uma ideia do poder do muco dos axolotes, o MRSA causa cerca de 20.000 infecções anualmente nos EUA, e a resistência da bactéria a antibióticos é uma das maiores ameaças à saúde global.
Assim, os peptídeos encontrados nos monstrinhos podem, num futuro não tão distante, oferecer um novo tipo de terapia, além de serem anticancerígenos. Quem diria que, além da já conhecida autorregeneração, um bichinho de aparência adorável teria tantos superpoderes assim?
Vale lembrar que comprar e vender axolotes é crime ambiental no Brasil. Nativa do México, a espécie é proibida em território nacional e autorizada apenas em casos especiais, como o do Bioparque Pantanal. Os exemplares que vivem no complexo ganharam um novo lar após serem apreendidos de traficantes em Mato Grosso do Sul. Relembre clicando aqui.
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