Babá pega trauma, suspende atendimentos e expõe mães após ‘show de horrores’ em Campo Grande
Uma das mães não buscou o filho de 12 meses, enquanto outra criança defecou em toda a casa e ainda bateu na filha da babá que, por sua vez, está grávida de 9 meses
João Ramos –
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Babá que presta serviços em Campo Grande (MS) se viu obrigada a suspender todos os atendimentos na última semana, após vivenciar situações traumáticas com as crianças de quem cuidava e com as responsáveis pelos menores, que ainda lhe deram calote.
Aos 21 anos, a cuidadora está grávida de nove meses e depende dos valores que recebe como babá para se manter, além de sustentar a filha, de 1 ano e 7 meses.
Em situação delicada por conta da gestação, a campo-grandense foi submetida a momentos de extremo estresse com os filhos das clientes e ainda não embolsou um centavo por isso. Indignada e precisando do dinheiro, ela expôs as mães “caloteiras” nas redes sociais e avisou que, por ora, os serviços como babá estão suspensos devido a tudo que passou.
Temendo represálias, a jovem prefere não se identificar, mas compartilha com o Jornal Midiamax detalhes do que aconteceu.
“Eu fazia de tudo”, relata babá grávida que passou perrengues com crianças e levou calote de mães
As gotas d’água começaram no mês de dezembro, quando quando uma das mães entrou em contato por meio do WhatsApp solicitando o serviço. Já no dia seguinte após a conversa, a cuidadora começou a ficar com as crianças da mulher, sem nenhum adiantamento pelo trabalho.
“Ela [a mãe] disse que tinha acabado de sair de férias e só receberia em janeiro, eu não me importei e aceitei cuidar dos meninos, um de 3 anos e outro de 1 ano e 7 meses”, conta.
O combinado inicial era de que ela supervisionaria os pequenos, em sua própria casa, das 4h50 da manhã até as 18h. “Quando eu percebi, estava cuidando deles das 4 e pouco da manhã até quase meia-noite, de segunda a segunda, sem descanso”, recorda.
O trato com essa mãe também estabelecia o pagamento mensal de R$ 600 por mês, mais a contribuição com alimentos, já que a babá atende as crianças em sua residência e passa o dia todo com os menores.
“Ser babá é como ser uma segunda mãe, certo? Então eu fazia tudo, trocava fraldas, pegava no colo se chorava, dava de mamar, almoço, lanche e deixava eles brincarem com os brinquedos que tenho aqui”, detalha a cuidadora. Tudo isso com o barrigão de nove meses da gravidez e cuidando da própria filha, de 1 ano.
Filha da babá apanhou de menino, que ainda defecou em toda sua casa
Ultrapassando as dificuldades e conciliando as circunstâncias, ela passou a notar comportamentos alarmantes nos pequenos alheios. “Percebi que o menino de 3 anos era agressivo. Ele vivia batendo no irmão dele e eu sempre avisava a mãe deles. Acontecia todo dia e ela dizia que iria conversar com os dois, mas parece que isso nunca aconteceu porque ele chegou ao ponto de pegar brinquedos e usar para bater no irmãozinho e na minha filha de um ano“, expõe a babá.
Além dos momentos agressivos, o mesmo garoto ainda defecou em toda a casa da cuidadora. “O mais que indigna é que ele cagou na minha cama, no chão do quarto e no banheiro todo por não estar pronto para o desfralde, mas a mãe não queria gastar dinheiro com fralda aí fez o desfralde sem o menino estar preparado”, lamenta.
“Na hora, eu fiquei sem reação, só tirei foto, mandei para a mãe dele e ela apenas respondeu ‘meu Deus’. E só”, desabafa.
“Assalto” à geladeira
Segundo a babá, esse não era o único problema. “O mesmo menino ainda abria a geladeira e comia as coisas, como se estivesse passando fome, sendo que eu dava todas as refeições certinho. Não me importava deles comerem, até porque eu mesma preparava as refeições com frutas, sucos, mingau de chocolate, iogurte, pão, tudo…”, afirma ela.
Por isso, a trabalhadora diz que não havia motivo para tal atitude, já que nunca deixou nenhuma criança “sem comer coisas fartas e guloseimas que toda criança ama”. “Ainda assim, ele abria a geladeira e comia tudo o que via. Acredito que a mãe não dava educação”, comenta.
Mãe largou bebê com a babá e não voltou para buscar
Em meio a isso, a campo-grandense ainda supervisionava outra criança, mais um bebê de um ano. “A mãe dele me achou no Facebook, falou que percebeu que eu amava o meu trabalho e pediu para eu cuidar do bebê dela das 16h30 até 10h30 da manhã do outro dia, também por R$ 600”, explica.
“Começamos no dia 11 de dezembro, tudo maravilhoso, mas ela não foi buscar ele no dia seguinte. Disse que estava chovendo muito e simplesmente não buscou o filho. Aí aconteceram algumas outras coisas e dia 17 de dezembro decidi parar, um dia antes de também parar de cuidar dos outros dois meninos”, relembra, destacando que os casos ocorreram ao mesmo tempo, resultando em uma sobrecarga física, financeira e emocional.
Calote e trauma
Depois de todo esse transtorno, a babá esperava ao menos receber para poder custear as despesas pessoais, o sustento da filha pequena e a chegada do outro bebê que ainda está na barriga. Mas, até o momento, não viu a cor do dinheiro.
“Elas me disseram que iriam me pagar no quinto dia útil desse mês e até agora nada. A primeira pagou só R$ 300 e me bloqueou no Whats e a segunda vive arrumando desculpa dizendo que vai pagar, mas não paga. As duas sabem que eu sou mãe solo de uma bebê de 1 ano e 7 meses e estou grávida de 9 meses“, lamenta.
Além dos prejuízos financeiros, a cuidadora agora acumula traumas emocionais, mas tirou uma lição de tudo isso. “Eu fiquei muito decepcionada, porque eu cuidei deles como se fossem meus filhos para no final elas não me pagarem. O trauma que ficou foi que agora não posso confiar em mais ninguém e vou cuidar das crianças só após o pagamento adiantado”, conclui a jovem.
O Jornal Midiamax contatou as mães envolvidas nos relatos acima destacados e solicitou um posicionamento. No entanto, até a publicação deste texto, não houve resposta. Ainda assim, o espaço segue aberto para manifestações.
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