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Após 47 anos, esfirraria tradicional se rende ao cartão de crédito em Campo Grande

Já tá sabendo? "Cada passada de cartão, uma lágrima", brinca um dos donos
João Ramos -
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Além das esfirras, salgados do local são muito famosos - (Fotos: Reprodução, Google Maps)

Foram 42 anos para a tradicional esfirraria do Centro de se render aos pagamentos digitais. Desde 2020, a Thomaz Lanches, localizada na Rua Sete de Setembro, esquina com a Rui Barbosa, já aceita transações no débito e no Pix, após mais de quatro décadas recebendo apenas dinheiro físico dos clientes.

Mas, recentemente, o estabelecimento passou a adotar uma nova modalidade de pagamento até então recusada: o cartão de crédito. Pouco tempo atrás, uma plaquinha na área do ainda informava à clientela: “não aceitamos cartão de crédito”. Contudo, depois de 47 anos de funcionamento, a norma da salgaderia árabe caiu por terra e o aviso foi retirado.

Conforme um dos herdeiros da esfirraria, José Thomaz Filho, o Zezo, a resistência à adesão por quase cinco décadas não se deu por receio e, desde a do coronavírus, a família dona do negócio começou a se render à modernidade, sendo a aceitação do pagamento por crédito o último passo até então.

Segundo Zezo, filho de Thomaz, o fundador da lanchonete, a recusa pelos pagamentos digitais não tinha fortes razões. “Era pela simplicidade, sempre fomos muito simples. Não era uma coisa de ‘não vamos receber cartão por medo’, mas sim uma formalidade mesmo”, afirma ao Jornal Midiamax.

“Na pandemia não tinha banco, nada funcionando. Então de casa já liguei para o banco e providenciei essas novas modalidades. Eu brincava muito quando alguém descobria e falava ‘tá passando cartão?’, respondendo que ‘cada passada, uma lágrima'”, recorda, aos risos.

thomaz lanches cartão de crédito
Local não anota os pedidos e confia no que o cliente diz que comeu – (Foto: Thomaz Lanches)

Apesar das mudanças, maior tradição persiste há quase 50 anos

Ainda de acordo com Zezo, a modernização fez bem ao negócio. “No fundo foi bom, porque você formaliza. A partir do momento que aderimos, 95% das vendas migraram para o cartão. O dinheiro praticamente desapareceu”, relata.

Questionado se sofreu algum prejuízo, o empresário responde. “Ao contrário, você agrega um número maior de clientes. Muitas vezes, as pessoas não vinham porque não passava cartão. Pra nós, foi excelente”, declara ele.

Apesar das mudanças gradativas em relação às formas de pagamento, a lanchonete não abriu mão de sua maior tradição, persistente há quase 50 anos e que a diferencia de todos os outros estabelecimentos de Campo Grande: a confiança no cliente.

Por lá, não há comandas. Ninguém anota os pedidos. O cliente chega, escolhe o que vai comer e informa ao caixa no ato do pagamento tudo o que consumiu. A ausência de protocolos, além do sabor, é claro, segue impressionando não apenas aos campo-grandenses, mas também a quem vem de fora e conhece o modus operandi do local.

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