VÍDEO: Longe de halloween, igreja faz festa para os ‘amiguinhos de Jesus’ e fantasias encantam

Festejo do Hollywins, em Campo Grande, envolveu crianças fantasiadas de santos, Nossa Senhora, Jesus ou profissões

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(Santuário Nossa Senhora da Abadia/Divulgação)

Quem pesquisar a fundo sobre o halloween vai entender que o nome é uma contração da expressão inglesa All Hallows’ Eve, que significa “véspera do Dia de Todos os Santos”. Assim, a igreja católica teria ‘cristianizado’ algumas práticas pagãs e adotou o dia 1° de novembro como a ‘Festa de Todos os Santos’, além do ‘Dia de Finados’, em seguida.

No entanto, com o passar dos anos, houve um distanciamento deste conceito, principalmente porque o evento ganhou características de folclore popular e os católicos não gostam de ver os filhos disfarçados de bruxos, monstros e demônios, por exemplo.

Desta forma, sem preservar os elementos originalmente cristãos, as modernas festas de halloween vão na contramão do que acreditam e agora – ao menos em Campo Grande – tem quem organize o festejo em outro formato. É justamente o que ocorreu no Santuário Nossa Senhora da Abadia, neste fim de semana, com a Hollywins: evento infantil para promover diversão as crianças, adolescentes e famílias católicas.

Dia de brincadeiras e músicas voltadas à santidade

(Santuário Nossa Senhora da Abadia/Divulgação)

A festa temática, já em sua quinta edição, fez o público presente ver as crianças caracterizadas de santos, santas, anjos, amiguinhos de Jesus, entre outros personagens e até profissões, neste sábado (2). A catequista e analista de operações, Andrezza Campitelli, de 32 anos, ressaltou que o dia foi de brincadeiras, com músicas voltadas à santidade, além de teatro e doces.

“É uma alternativa que oferecemos para que as crianças e adolescentes possam vivenciar esta data de uma maneira diferente, da forma correta, já que o objetivo de todos nós é o céu, é ir para o céu, é aprender a viver em santidade, então, todos nós somos convidados a viver em santidade, e a data é para lembrar as crianças, as famílias do céu, que um dia a gente vai pro céu, né, que a nossa meta é estar no céu junto de Deus”, afirmou.

(Santuário Nossa Senhora da Abadia/Divulgação)
(Santuário Nossa Senhora da Abadia/Divulgação)

Conforme a catequista, a festa já se tornou uma tradição. “No céu tem muitas pessoas que são santas, que a igreja não investigou a vida. Tem pais, tem mães, tem pessoas comuns no dia a dia que viveram uma vida de santidade, que viveram uma vida conforme o Evangelho, conforme Jesus nos ensina. E elas conquistaram o céu, então, é também pra gente lembrar que nós também podemos conquistar o céu. E as crianças também são chamadas a isso, a viver uma vida conforme Jesus nos ensinou”, argumentou.

‘Experiência enriquecedora e educativa’, diz mãe

A bancária Mayara Quinhones, de 35 anos, e o publicitário Michel Franco, de 39 anos, levaram a filha Maya, de 5 anos, usando a vestimenta de Nossa Senhora. Além de coroinha, a pequena canta no ministério infantil do Santuário.

“Todo ano levamos as crianças no Holywins, achamos uma experiência enriquecedora e educativa. O evento reforça valores como a bondade, o respeito e o amor ao próximo, ajudando as crianças a entenderem melhor o que significa viver segundo a fé cristã . É uma alternativa cristã ao Halloween que tem o foco em temas de terror e assustadores. No Holywins celebramos a santidade e os valores cristãos como compaixão, coragem e fé”, argumentou Mayara.

(Santuário Nossa Senhora da Abadia/Divulgação)

Conforme a bancária, desde o ano de 2018, quando ela e o companheiro participaram do acampamento católico, logo descobriram a gravidez e a família então sempre esteve envolvida nos eventos da igreja. “E aqui em casa a gente não faz halloween jamais. Até porque ela já escuta muito isso e aí nós fazemos uma fantasia. A minha sogra que faz, aliás. E assim a gente preza os valores cristãs. E eu falo crianças porque a gente leva não só a minha filha, mas a irmã dela, né, minha enteada no caso, nossos afiliados, sobrinhos e, quem puder, a gente leva”, ressaltou.

A farmacêutica Ana Cristina Remboski Kohatsu, de 41 anos, planejou o momento com antecedência, mandando fazer em outro estado a roupa das gêmeas Maria Clara e Maria Cecilia, de dois anos. E devota de Santa Teresinha, realizou o sonho de fantasiá-las, comentando que elas “amaram e não quiseram ir embora em momento algum”.

(Santuário Nossa Senhora da Abadia/Divulgação)
(Santuário Nossa Senhora da Abadia/Divulgação)

“Estava muito legal e divertida. Elas não queriam tirar a fantasia e nem ir embora. Estava muito legal e muito bem organizado. Eu sou católica desde que nasci e nós acreditamos na ressureição. E o Halloween é uma festa que celebra a morte, mortos e bruxas e tal, então, não é uma festa que celebra a vida, que é o que nós católicos acreditamos na ressurreição de Cristo”, ponderou.

O publicitário e animador de acampamentos, Giovani Nunes Costa, de 36 anos, é quem estava na condução do evento. “A proposta era pra eles virem fantasiados com a fantasia de algum santo, nossa senhora, Jesus, ou alguma profissão. Também tinha várias crianças ali com vestido de profissão. Alguns queriam ser jogadores de futebol, outros queriam ser médicos, fotógrafo, enfim. E a gente ali já faz algumas edições e vem animando as criançadas, cantando, bagunçando. A gente canta, se diverte, faz brincadeiras e, durante o evento ali, tem o momento de pregação, palestrinha, filminho r pipoca ali, é uma tarde especial”, comentou.

Confira aqui alguns momentos da Hollywins, em Campo Grande:

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