Tatakuá é chiparia no Guanandi que mantém preço a R$ 1 e vive tendo que explicar o nome

Jovem reproduz receita de família e conta que cresceu ao redor do takakuá, sentindo cheirinho de comida boa e caseira

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Cristian reproduz receita de família, que aprendeu com a avó (Nathalia Alcantara/Jornal Midiamax)

Cristian Paes Ovelar completou 18 anos decidido a empreender no ramo da alimentação. E foi em suas origens, no município de Bela Vista, a 309 km de Campo Grande, onde cresceu vendo as mulheres da família preparando sopa paraguaia e chipas no tatakuá, que decidiu aprender as receitas e aventurar-se com delícias gastronômicas. Assim, há 15 dias, é no populoso bairro Guanandi que ele oferece os produtos, a partir de R$ 1, e vive explicando a origem do nome.

Para quem não conhece, tatakuá é um forno a lenha paraguaio, feito em formato de iglu, com barro e tijolos. A origem do nome vem do Guarani, idioma indígena falado principalmente no Paraguai, norte de Argentina e no Brasil, mais precisamente na região de fronteira.

Pão de queijo recheado com goiabada faz muito sucesso (Nathalia Alcantara/Jornal Midiamax)

Desta maneira, no quintal de casa, o garoto sentia aquele cheirinho de comida boa e hoje faz o mesmo cheiro exalar da “portinha” do seu comércio. Aberta há 15 dias, a Tatakuá Chiparia tem produção artesanal e também fabrica outros salgados, além de bombons, brigadeiro, suspiro, panetone e oferece suco de laranja natural.

“O cheirinho chama e o preço de R$ 1 também, é um chamariz, aqui na Rua Barra Mansa. A produção é própria, então, a gente consegue segurar um pouco o valor. E aqui temos o suco de laranja natural, bem famoso aqui na região. E aí eu acordo bem cedo e já vou para produção. É algo que lembra muito as minhas origens, cresci ao redor do tatakuá, lá em Bela Vista e então o negócio ficou como uma homenagem mesmo”, afirmou o empreendedor, atualmente com 26 anos.

(Nathalia Alcantara/Jornal Midiamax)

Segundo Cristian, o forno precisa ser aquecido antes com a lenha e depois de retirada é que o alimento é colocado.

“Aquece um tempo, depois tira todo aquele carvão, lenha, daí coloca o produto e tampa. E aí deixa naturalmente, fica cerca de 20 minutos, meia hora, depende do que vai assar. Minha família ainda faz lá em Bela Vista e eu mantenho aqui a mesma receita, em Campo Grande, a receita da minha avó”, comentou.

Na rotina, Cristian conta com o apoio do Felipe Moreno, que também é do ramo e possui uma loja na região central da cidade.

(Nathalia Alcantara/Jornal Midiamax)

“Antes eu fazia só a sopa paraguaia e vendia no online, no delivery. Depois, tive a chiparia no bairro Coophasul, só que fechei por conta da pandemia. E depois decidi adquirir o ponto aqui e estamos juntos nessa. A aceitação do público está sendo ótimo, elogiam o produto, o preço, e todos perguntam sobre o tatakuá”, comentou.

Ao todo, o estabelecimento possui cerca de 10 variedades de salgados e, segundo Cristian, enquanto rola a feira do Guanandi, aos finais de semana, na sua porta, ele fica quietinho, só trabalhando na produção.

“É quando eu consigo. Está sendo tudo novo também, começamos agora aqui na região, mas, estamos gostando bastante. Sigo levando a receita da minha avó, da verdadeira sopa paraguaia, por aí”, finalizou.

Takakuá (Internet/Reprodução)

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