Após deixar vida no circo, cobra Rachel viveu em Bioparque por 1 ano sem ser vista
Cobra é novidade para o público, mas mora no Bioparque há um ano. Antes disso, Rachel era usada para apresentações em um circo
João Ramos –
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Rachel não teve uma vida fácil antes de chegar ao Bioparque Pantanal. Quem vê a jiboia em seu recinto, inaugurado nesta terça-feira (5), não imagina que antes de estar ali, plena, confortável e bem cuidada, a mais nova cobra do complexo levou uma dura vida no circo.
Aos dois anos de idade, a jiboia ganhou um lar no Bioparque Pantanal e foi apresentada ao público nesta manhã. A serpente viveu escondidinha e bem guardada no aquário por um ano, sendo que, nesse período, passou três meses em um tanque “secreto” no saguão principal, abaixo das escadas, sem ser vista por ninguém.
O recinto, coberto por tapumes, serviu para que Rachel pudesse se ambientar ao espaço e para que os biólogos do Bioparque monitorassem seu comportamento e aperfeiçoassem sua morada. Hoje (5), a cobertura misteriosa foi retirada e agora todos já podem ver a jiboia mais amada do local (e única também).
Vida no circo
Em conversa com o Jornal Midiamax, Maria Fernanda Balestieri, diretora-geral do Bioparque Pantanal, conta que Rachel foi resgatada pela Polícia Militar Ambiental em março de 2023. Ela era usada para apresentações em um circo que, na época, estava instalado na cidade de Amambai (MS), localizada a 351 quilômetros da Capital Campo Grande.
Como usar animais para apresentações circenses é proibido por lei em Mato Grosso do Sul, o dono do circo foi multado em R$ 47 mil e a cobra apreendida. Na sequência, a jiboia foi encaminhada para o plantel do complexo, há um ano.
Tempo necessário
Rachel viveu esse período no local sob os cuidados de biólogos e zootecnistas, sem aparecer para o grande público. Mas, afinal, por qual motivo o complexo demorou tanto para apresentar a cobra aos visitantes?
“Foi o tempo pra gente poder preparar esse recinto, pra poder atender todas as necessidades dela e ela ter qualidade de vida e bem-estar animal”, explica Maria Fernanda.
A vida da jiboia pós-circo
Apesar de ter sido resgatada de um circo, Rachel não apresentava sinais de maus-tratos. Pelo contrário. Para se apresentar nos espetáculos, ela foi superdomesticada e segue até hoje sendo uma cobra extremamente dócil, segundo o Bioparque Pantanal.
“Muito dócil, muito tranquila. Porém, nós enfatizamos que esses animais silvestres têm instintos. Mas ela tem se mostrado superdócil”, garante Carla Kovalski, bióloga-chefe do Bioparque.
Do momento em que chegou até os dias atuais, houve alguma mudança no comportamento da serpente dentro do complexo? A resposta é sim. “No início, ela ficava bem mais acuada, desconfiada, porque não estava acostumada com a equipe de cuidadores. E aí agora, um ano depois, ela já consegue reconhecer os biólogos, já sabe quando o zootecnista entra para fazer a alimentação”, conta Carla.
“A Rachel teve tantos estímulos mentais que já vemos alguns comportamentos naturais voltando, porque ela chegou bem domesticada. Em um ano acompanhando-a, tivemos resultados bem positivos”, relata a bióloga.
Quer saber mais detalhes sobre o tanque de Rachel, inaugurado nesta terça (5) e o motivo pelo qual ela ganhou esse nome no Bioparque Pantanal? Leia na reportagem abaixo:
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