Pai de atleta, Jefferson comemora data em MS longe da filha contratada no PR: ‘Ainda vou vê-la nas Olimpíadas’

Quando pessoas sábias dizem que “nada é como um dia atrás do outro”, ou então que “a vida pode surpreender”, com certeza, têm muita razão. Aliás, no caso do técnico em reparo de celular, Jefferson da Silva Santos, de 43 anos, isto vale mais ainda.

No dia dos pais, em 2023, ele estava aos prantos pela morte do pai e este ano seria não mais uma data comemorativa, e sim “um ano da morte do seu velho”. No entanto, pai de quatro filhos, tudo foi ressignificado, ainda mais com a caçulinha se tornando atleta profissional do futebol. E o que é melhor: com apenas 14 anos.

Inspirada no próprio Jefferson, que jogava como centroavante quando garoto, inclusive disputando campeonatos amadores do time Comercial, Maria começou a brincar com a bola. Além dela, o filho de 22 anos também pratica o esporte, assim como o pai. “Desde os quatro anos, ela sempre trocou a bola pela boneca. É o que sempre pedia de presente”, relembra o pai.

‘Sou um pai orgulhoso’

Pai de quatro filhos ao todo, dois meninos e duas meninas, que vão de 12 a 24 anos, diz que sempre foi presente na vida de todos. “Sou um pai orgulhoso e ver a Maria jogando é muito prazeroso. Ela joga de meia atacante no futebol e, no futsal ela é atacante fixa. Antes, aqui em Campo Grande, estava no Clube Atlético Santista, onde começou aos 13 anos”, contou Jefferson.

Em tempo recorde, ainda conforme o pai, a adolescente foi descoberta. “Com três meses, ela disputou a taça Pelezinho e participou do estadual lá em Maracaju. No primeiro foi artilheira, vista por um olheiro do Paraná, que acompanhou o estadual e pediu para ela disputar dois jogos. Nós então a levamos primeiro. Eu, a mãe dela e o técnico. Foi um momento em que ela jogou lá como se estivesse em casa. Fez gols e aí recebeu o convite para morar em Manoel Ribas, no Paraná, agora jogando por um time de lá”, falou.

Saudade é compensada ao ver filha realizando sonho

Neste domingo (11), completam-se dois meses que Jefferson deixou a filha no estado paranaense. “O coração do pai aqui está sempre emocionado, é complicado. A gente nunca quer estar longe de um filho, mas, compenso a saudade e a angústia sabendo que ela está realizando o sonho dela, que é ser jogadora, então, a gente supre de outras formas. Eu converso como se ela estivesse aqui. Dou bom dia, pergunto sobre a escola, os treinos, porém, é complicado. Será um dia dos pais diferente”, comentou, emocionado.

Na última semana, enquanto acompanhava as olimpíadas, Jefferson atendia clientes e, ao mesmo tempo, contemplava seus sonhos. “Esta semana, por incrível que pareça, estava atendendo, assistindo jogos e aí apontei e falei para uma cliente: ‘Um dia vou estar vendo minha filha lá. Ela é jogadora de futebol e eu que vou estar torcendo por ela na televisão”, finalizou.

Confira aqui alguns momentos do paizão acompanhando a filha: