No dia do Cinema Brasileiro, especialistas de MS comemoram ‘fruto’ de alunos de Audiovisual da UFMS

Em entrevista, Marinete Pinheiro, Fábio Flecha e Ulisver Silva falaram sobre projetos em andamento, ressaltando o enriquecimento que o curso trouxe ao Estado

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(FCMS/Divulgação)

O Dia do Cinema Brasileiro, comemorado todo dia 19 de junho, é motivo de também festejar a produtividade de cineastas sul-mato-grossenses. Em entrevista, Marinete Pinheiro, Fábio Flecha e Ulisver Silva falaram sobre projetos em andamento, ressaltando o enriquecimento que o curso de audiovisual, da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), trouxe ao Estado.

A data é uma homenagem ao dia em que o ítalo-brasileiro Afonso Segreto – o primeiro cinegrafista e diretor do país – registrou as primeiras imagens em movimento no território brasileiro, em 1898. Afonso Segreto fez imagens da entrada da baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, a bordo do navio francês Brésil – a primeira filmagem em território nacional.

“Eu vejo também uma coisa muito boa que a gente tem, o curso de formação em Audiovisual da UFMS, que as primeiras turmas são bem recentes, mas a gente vê pessoas saindo com uma qualificação diferente do que a gente tinha anteriormente, e isso é muito importante. Por exemplo para mim, que trabalho, que preciso de equipe, eu consigo ver essa perspectiva. Avançamos muito no último ano, avançamos muito na formação, na qualificação das obras que estão saindo, uma visão de mercado externo também que contribui para a formação”, diz Marinete Pinheiro.

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Para Ulisver Silva, a chegada destes acadêmicos foi fundamental para a mudança de cenário: “É um pessoal que está vindo com bastante conhecimento, com bastante repertório, que também já vai acessar os recursos da lei Paulo Gustavo. No passado os produtores de audiovisual eram pequenas iniciativas, iniciativas pontuais, poucos produtores, agora nós temos muita gente entrando, vários profissionais de vários setores da produção audiovisual, estamos num momento singular do audiovisual do Estado e creio que muita coisa vai mudar daqui pra frente em termo de produções, profissionalismo, qualidade das produções e iremos ver o resultado daqui a alguns meses, quando essas produções começarem a ser distribuídas, começarem a participar de festivais importantes, de repente até ganhando prêmios, creio que o audiovisual do nosso Estado irá dar um salto em pouco tempo com essa conjuntura de fatores que estão ocorrendo”, alegou.

“Além disso, neste ano de 2024 foi feita a segunda caravana de profissionais do audiovisual para participar da Rio 2C, que é um evento importante do audiovisual nacional, 18 profissionais foram lá apresentaram projetos para grandes empresas, em paralelo com a Lei Paulo Gustavo, com a chegada de novos realizadores, temos realizadores locais buscando acessar o mercado nacional de produção audiovisual. Se tudo correr bem poderemos daqui a alguns anos sermos exportadores de conteúdo para streamings e TVs nacionais e até de fora do Brasil”, diz Ulisver.

Fábio Flecha, que atualmente está trabalhando na finalização de um longa-metragem ‘Do Sul: A Vingança’, argumenta que o audiovisual no Estado está em um bom momento. “Depois do período da pandemia, que foi terrível para o setor de produção audiovisual no Brasil, a Lei Paulo Gustavo, que agora está começando a ser executada, é uma ferramenta primordial para os produtores. No fomento para o audiovisual, cinema e outros afins, o cinema é o carro-chefe, mas a gente tem produções como séries de TV, documentários, programas para Internet. A Lei Paulo Gustavo está trazendo entre apoio de editais do Estado e Município são quase 30 e poucos milhões de reais que estão sendo colocados para produtores de audiovisual, desde os mais novos que estão começando agora, até aqueles que já estão atuando há muito tempo no segmento. Sem dúvida a Lei Paulo Gustavo é um grande incentivador, é um bom momento para a produção audiovisual e acredito que outras ações que acontecem dentro da lei Paulo Gustavo como formação, cursos, também vai incentivar a produção de novos projetos no futuro, formação de novos profissionais, de novos produtores, roteiristas. Acredito que no próximo ano, em 2025, 2026, a gente vai ter grandes produções aqui em Mato Grosso do Sul”.

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