“Literatura tem modo de usar?” é o tema da palestra que a imortal da ABL (Academia Brasileira de Letras) Ana Maria Machado, vai proferir na Academia Sul-Mato-Grossense de Letras nesta quinta-feira, dia 25, em evento faz parte do projeto “ABL na ASL: Palestras Imortais”.

O evento é realizado em parceria com a Setesc – Secretaria de Turismo, Esporte e Cultura através da Fundação de Cultura do Estado de Mato Grosso do Sul. As palestras têm reunido público da educação e cultura na difusão, estimulação e valorização educativa e da leitura no Estado.

A partir de sua experiência pessoal como ficcionista, crítica e professora universitária, além de sua experiência em organizações culturais internacionais, Ana Maria Machado (presidente da ABL no biênio 2012-2013) desenvolverá considerações sobre o papel da literatura, sua função social, sua linguagem específica. Pretende também levantar reflexões sobre direitos e deveres do leitor e sobre as relações entre leitura e educação.

A palestra é presencial, com entrada franca e o traje é esporte, no auditório da ASL, na rua 14 de Julho, 4653, em Campo Grande, às 19h30min. O evento tem ainda a parceria da ASL com a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS e a Confraria Sociartista, através respectivamente dos projetos “Música Erudita e suas Fronteiras”, dentro do projeto “Movimento Concerto” (este mês com a Orquestra De Violões De Campo Grande) e “Arte na Academia” (este mês com os artistas visuais Don Dolores e Fernando Anghinoni). Ao final, haverá na confraternização apresentação instrumental do músico e trompetista Alvani Calheiros Silva.

Ana Maria Machado

Sexta ocupante da Cadeira nº 1 da Academia Brasileira de Letras, Ana Maria Machado estudou no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e no MoMa de Nova York, tendo participado de salões e exposições individuais e coletivas no país e no exterior. Formou-se em Letras Neolatinas, em 1964, na então Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil, e fez estudos de pós-graduação na UFRJ.

Deu aulas na Faculdade de Letras na UFRJ (Literatura Brasileira e Teoria Literária) e na Escola de Comunicação da UFRJ, bem como na PUC-Rio (Literatura Brasileira). Além de ensinar nos colégios Santo Inácio e Princesa Isabel, no Rio, e no Curso Alfa de preparação para o Instituto Rio Branco, também lecionou em Paris, na Sorbonne (Língua Portuguesa) e na Universidade de Berkeley, Califórnia – onde já havia sido escritora residente.

Tem longa e vitoriosa carreira jornalística no Brasil e no exterior, com participação em diversos veículos de mídia. Como escritora, logo que estreou ganhou o prêmio João de Barro pelo livro História Meio ao Contrário, em 1977. Abandonou o jornalismo diário em 1980, para a partir de então se dedicar aos livros. Em 1993 a acadêmica se tornou hors-concours dos prêmios da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ).

Recebeu 3 Prêmios Jabuti e incontáveis outros no país e no exterior. Publicou mais de cem livros no Brasil, muitos deles traduzidos em cerca de vinte países, entre ensaios, romances, literatura infanto-juvenil, organização de antologias, poesia e participação em obras coletivas, além de traduções.