Heitor Villas-Lobos foi um dos mais importantes e reconhecidos maestros e compositores brasileiros, com grande impacto no período do modernismo no Brasil. Seu talento foi de uma importância tão grande, que o dia do seu nascimento – 5 de março – tornou-se, em 2009, o Dia Nacional da Música Clássica. A data comemorativa foi criada com o intuito de promover o gênero musical, propagando enfaticamente a visibilidade desses artistas nas mídias mais diversas.

O maestro Eduardo Martinelli, regente da Orquestra Sinfônica Municipal de Campo Grande desde 2007, e maestro fundador da Orquestra Barroca de Mato Grosso do Sul, se lembra com carinho de quando a data foi instituída por Lei Federal. Na ocasião ele regeu a Orquestra Sinfônica Municipal, que acompanhou nomes importantes como o da Soprano Clarice Maciel e do violonista Marcelo Fernandes. O Coral da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, o pianista Evandro Higa e o Quarteto Reis também marcaram presença no evento.

A Orquestra Jovem da Fundação Barbosa Rodrigues, os músicos da Sinfônica Municipal, e as crianças do projeto Córrego Bandeira são outros nomes que estiveram no fatídico dia. Em dado momento, emprestaram suas vozes para a execução do clássico Bachiana Brasileira nº 2 – Tocata – O Trenzinho do Caipira, de Heitor Villa-Lobos.

Cerca de 500 pessoas acompanharam a apresentação que aconteceu no saguão do Museu Dom Bosco.

Música clássica em Mato Grosso do Sul

Como explica Eduardo Martinelli, a música clássica é existente no Estado graças ao trabalho desenvolvido há anos pela Orquestra Sinfônica Municipal e por diversas instituições que fomentam a educação musical gratuita no Estado.

Outro importante agente para a propagação da música clássica no Estado é o Festival Encontro com a Música Clássica, que acontece todos os anos, desde 2007. O evento proporciona a integração do público e de artistas locais com músicos de diversos países.

Projetos

Os projetos que oferecem aulas gratuitas de música clássica em Campo Grande são grandes agentes transformadores e propiciam o cenário perfeito para divulgação do gênero em todo o Estado. Segundo o maestro, diversos músicos saíram desses projetos e hoje atuam no exterior.

Um exemplo disso é o músico Matheus Coelho, que atualmente tem feito regência de orquestra no Canadá, com bolsa do Governo canadense. Ele foi aluno da Fundação Barbosa Rodrigues e hoje cursa seu mestrado no país estrangeiro.

Brenner Rosales também é um nome importante para o Estado. O jovem foi escolhido em um programa internacional de seleção de jovens concertistas para tocar na Orquestra Filarmônica de Israel.

“É um cenário relativamente pequeno, mas com bastante qualidade”, explica o maestro. “São muitas as iniciativas que a gente percebe acontecendo, que fazem com que a gente perceba a grande evolução que tem tido, sobretudo de duas décadas pra cá, no cenário da música de concerto. É um cenário muito interessante”, enfatiza.

Como começar a ouvir música clássica?

Se você chegou até aqui, mas faz parte do público que não ouve música erudita – porém gostaria -, abaixo estão algumas dicas que podem facilitar sua familiarização com o gênero. É que assim como os clássicos da literatura brasileira, que muitas pessoas têm dificuldade de se ‘conectar’ com a história, a música erudita também pode exigir mais ‘aplicação’ do ouvinte. Para isso, atente-se:

  • Comece com o conhecido: clássicos do cinema só são grandes sucessos graças às trilhas sonoras impecáveis. Uma boa pedida pode ser começar por aquelas músicas que você já conhece dos grandes filmes. Star Wars, O Poderoso Chefão e Carruagens de Fogo são ótimas portas de entrada para este novo universo.
  • Ouça os patronos: uma ótima dica é ouvir os compositores que já conhecemos por nome, mesmo nunca tendo ouvido uma música, como Heitor Villas-Lobos e Ludwig von Beethoven.
  • Instrumento favorito: uma ótima forma de começar a ouvir música erudita é selecionar aquelas que têm instrumentos que te agradam mesmo. É piano? Ouça Chopin e Beethoven. Prefere violino? Mozart e Vivaldi são excelentes opções.

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