De MS, Edelson conquistou ouro Paralímpico de Paris após promessa de não desistir
‘Emoção indescritível’, disse o sul-mato-grossense após o feito
Karina Campos –
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O paratleta Júlio Cesar Agripino conquistou nesta sexta-feira (30) o recorde mundial no prova dos 5000m T11 dos Jogos Paralímpicos Paris 2024. A conquista na medalha de ouro do atletismo teve o papel fundamental do guia sul-mato-grossense Edelson Ávila.
Morador de Iguatemi, Edelson contou após o pódio em Paris ao Jornal Midiamax a sensação emocionante de subir ao lugar mais alto da competição no mundo.
“Uma emoção indescritível, poder fazer parte dessa conquista tão importante para o Júlio Agripino e nós também. Essa é a minha primeira Paralimpíadas. Enfrentei alguns desafios para ajustar e alinhar meu mental, pós minha queda nos Jogos Pan-Americanos do Chile. 2023 foi bem complicado para mim. Mas comecei cuidar do meu mental com psicólogo no comitê paralímpico, e hoje entrei super tranquilo e bem na prova. Isso só mostra mais ainda a importância da psicologia do esporte”.
Edelson começou a preparação com Júlio em abril deste ano, quando mudou de equipe. A preparação aconteceu na altitude em Font Romeu, na França. “Antes de vir para a Paralimpíadas, foram 25 dias cruciais para finalizar bem a preparação”.
O esporte chegou na vida do atleta em 2019, quando, por incentivo e insistência dos irmãos, Erismar e Edilson, passou a se dedicar a corrida de rua. Só em 2023 começou como guia. “É uma emoção sem tamanho, com ouro e recorde também”, finaliza. Também auxilia Júlio como guia o atleta Micael Batista.
Dobradinha direta de MS
O campo-grandense Yeltsin Jacques conquistou medalha de bronze no atletismo dos Jogos Paralímpicos de Paris, nesta sexta-feira (30). O atleta conquista a terceira medalha paralímpica, somando mais dois ouros de Tóquio.
Yeltsin competiu na prova de 5.000 metros, na classe T11. Yeltsin nasceu com baixa visão e conheceu o atletismo ajudando um amigo, totalmente cego, a correr. Então, começou a treinar com ele para competir e iniciou sua carreira nos Jogos Paralímpicos Escolares em 2007.
Em entrevista ao Comitê Paralímpico Brasileiro, o sul-mato-grossense revelou que passou muita dificuldade de saúde e, apesar disso, traz a medalha para o Brasil.
“Muito feliz pelo Júlio. Eu tive uma lesão, peguei uma virose, o que acabou atrapalhando um pouco a preparação. Mas como minha esposa disse, você ou chupa o limão azedo, ou faz a limonada. Estou com sentimento de missão cumprida”, disse Yeltsin.
Para Paris, Yeltsin viajou com dois atletas guia: Guilherme Ademilson e Antonio Henrique Lima. Desde o campeonato no Japão, a equipe se prepara para as Paralimpíadas com treino de velocidade, focada na competição.
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