VÍDEO: Artesãs produzem e doam 1,5 mil peças em Campo Grande; previsão é de 8°C em junho

Crocheteiras e tricoteiras passaram os últimos 11 meses trabalhando e agora estão doando casacos, ponchos, sapatos, toucas, cachecóis e peças para bebês

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Voluntárias dizem que cada doação é muito gratificante. Foto: Montagem/Jornal Midiamax

As crocheteiras e tricoteiras passam onze meses do ano trabalhando e só descansam em dezembro. No mais, estão dividindo a rotina do dia a dia com o tecer das linhas, resultando em casacos, ponchos, sapatos, toucas, cachecóis e peças para bebês. É assim há 23 anos em Campo Grande, além de voluntárias esporádicas de outros estados. Desta vez, o Projeto Aqueça Seu Irmão bateu recorde e chegou a 1.550 peças produzidas, em um frio que promete ter mínima de 8°C em junho, em Mato Grosso do Sul.

Artesãs e as doações. Foto: Arquivo Pessoal.
Artesãs e as doações. Foto: Arquivo Pessoal.

As entregas começaram neste mês de maio, em seis bairros e instituições que ajudam pessoas carentes, sendo dias muito gratificantes para as 38 voluntárias.

Onde levam as peças, recebem sorrisos e abraços de agradecimento, promovendo junto um “café da tarde” para conversar e fazer, de uma simples doação, um gesto inesquecível.

“Toda vez balança o coração da gente, é sempre uma emoção muito grande. Recentemente, estivemos ajudando as mãezinhas do Hospital Regional e lá foi uma entrega bem gratificante. Todas são, mas, claro, algumas que nos tocam mais, principalmente quando se fala em criança e bebê. São ao todo sete comunidades e seis instituições fechadas beneficiadas este ano”, afirmou ao MidiaMAIS a dona de casa Emilia Silva Alencar Pistori, de 73 anos.

MS tem previsão de muito frio em junho

Segundo Emília, que fundou o projeto há mais de duas décadas, ao lado de uma amiga já falecida, a intenção sempre foi aquecer as pessoas em época de frio. Em Mato Grosso do Sul, por exemplo, o prognóstico aponta temperaturas mínimas de 10°C no mês de maio em Campo Grande, 8°C no mês de junho e de até 6°C no extremo sul do Estado.

“Este ano estamos com seis bairros cadastrados e cinco instituições fechadas, como Orionópolis, o CAM (Centro de Atendimento ao Migrante), a Casa de Apoio aos Moradores de Rua, Renasce uma Esperança, a creche do presídio, a Casa das Mães Gestantes que fica na maternidade e mais alguns. Os bairros, este ano, vamos atender ao Vespasiano Martins, Cerejeira I, Santa Emília, Dom Antônio Barbosa, Jardim Noroeste e Nova Lima e assim a gente vai levando, tentando realmente aquecer as pessoas”, argumentou Pistori.

Projeto resiste com doações e gasta R$ 20 mil em linhas

Desde o início, Emília ressalta que o projeto sobrevive de doações. “Com o dinheiro, compramos a lá direto da fábrica para sair mais barato e aí gastamos em torno de R$ 20 mil por ano. As voluntárias se encontram uma vez por semana aqui na minha casa, das 14h às 17h, isso quem pode. Quem não consegue, só busca aqui o material e aí vão produzir. Temos voluntárias médicas, advogadas e comerciantes, que fazem nas suas horas de folga e, mesmo que seja uma peça, já é muito importante e aí vai juntando e chega ao montante”, finalizou.

Veja o montante de peças a serem doadas em 2023:

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