Normalmente, quando um filhote de -pintada morre, a mãe entra no cio para acasalar e dar uma nova cria. E foi isso que todos pensaram que estava acontecendo com Ferinha, genitora de Leventina, no de Mato Grosso do Sul. Para completar, o acasalamento da matriarca com 5 machos diferentes aumentou ainda mais as suspeitas da equipe de guias, que se surpreendeu ao descobrir que, na verdade, Leventina estava mais viva do que nunca.

Em vídeo registrado pelo guia e biólogo Fábio Paschoal, Ferinha aparece acasalando, especificamente com Tupã, um dos machos mais vorazes da região pantaneira de Miranda, onde as onças sã monitoradas pela ONG Onçafari. A partir desse registro, Paschoal resgata a história de Ferinha e o fato de sua filha Leventina ter sido dada como morta.

“Nesse dia, encontramos a Ferinha e o Tupã acasalando. Achávamos que Leventina, filha da Ferinha, havia morrido e que ela tinha entrado no cio e estava copulando novamente. Nessa semana, vimos ela copular com 5 machos diferentes, mas o Tupã foi o que ficou com ela por mais tempo”, conta ele, acrescentando ainda que “As onças do vídeo são selvagens. Elas estão de colar porque são monitoradas pela ONG Onçafari”.

Veja o acasalamento de Ferinha com Tupã:

Por que Leventina foi dada como morta?

De acordo com Fábio Paschoal, Leventina vivia com sua mãe, Ferinha, e as duas estavam indo muito bem juntas. “Mas, por algum motivo que desconhecemos, elas acabaram se separando e começamos a ver a Ferinha sozinha. Depois de uma semana, ela começou a acasalar com machos”, conta ele.

“Tínhamos quase certeza que Leventina tinha morrido, só que essa oncinha é valente. Duas semanas depois da separação, encontramos a Leventina andando sozinha. Foi uma felicidade muito grande, mas ela estava muito magra”, recorda Paschoal.

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Na primeira imagem, Leventina com a mãe. Nas demais, a onça dada como morta aparece sozinha – (Fotos: Fábio Paschoal)

Como os filhotes de onça-pintada ficam com suas mães por mais ou menos um ano e meio, o sumiço de Leventina gerou preocupação para a equipe de guias e biólogos da área. Só que, após ser encontrada, Leventina estava em estado frágil e, por isso, todos começaram a se preparar para sua morte.

“Com sete meses de vida, mais uma vez achamos que Leventina iria morrer. Mas passamos a encontrar ela se alimentando de carcaças. E assim essa oncinha foi crescendo, superando todas as dificuldades sozinha, até se tornar adulta. Hoje, Leventina fica super tranquila com os carros de passeio e é uma das onças favoritas da galera que trabalha por aqui”, encerra Fábio Paschoal.

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Leventina tranquila no meio dos veículos – (Foto: Fábio Paschoal)

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