Thiago Servo diz não dever nada e fala em dano moral após prêmio de R$ 1 milhão ser penhorado em MS
No processo, Servo diz que devia a Jamil Name Filho, com quem teria feito um combinado. No entanto, a dívida está sendo executada por João Alex Monteiro Catan, nome que aparece na promissória
João Ramos –
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Após ter o prêmio de R$ 1 milhão do reality show “A Grande Conquista” (Record TV) penhorado pela Justiça de Campo Grande (MS), o cantor sertanejo Thiago Servo falou pela primeira vez sobre o assunto publicamente. Em entrevista ao colunista Chico Barney, do Splash UOL, Servo declarou acreditar que os autores da ação de penhora estão tentando prejudicá-lo.
“Tenho certeza de que essas pessoas estão agindo de má-fé. São pessoas com quem fiz alguns negócios na minha vida, comprei carro, comprei coisas… Pessoas que estão tentando enganar a Justiça”, afirmou.
O sertanejo venceu o reality show “A Grande Conquista” no último dia 20 de julho, mas teve o prêmio de R$ 1 milhão bloqueado pela Justiça poucos dias depois e talvez nem veja a cor do dinheiro. O juiz David de Oliveira Gomes Filho, da 2ª Vara de Execução de Título Extrajudicial, Embargos e Demais Incidentes da Comarca de Campo Grande (MS), determinou a penhora para que o cantor quite uma dívida milionária.
“Está na mão dos meus advogados. Acredito muito na Justiça e tenho certeza absoluta de que não devo nada e vou provar isso. Inclusive, eles vão ter que pagar indenização por danos morais”, disse Thiago Servo a Chico Barney.
O cantor ainda explica que seus advogados estão atuando para provar que a dívida não existe. “Eles já tomaram mais ciência das coisas e viram que vamos conseguir provar que eu não devo nada. Tenho certeza absoluta de que vou receber esse dinheiro”, afirmou.
A dívida de Thiago Servo
A dívida do cantor sertanejo que nasceu no Paraná, mas cresceu em Campo Grande, consta em promissória assinada como parte de pagamento de uma BMW e de uma aeronave. Na época, Thiago Servo formava dupla sertaneja com a cantora Thaeme e deu R$ 150 mil de entrada pelos bens. Inicialmente de R$ 300 mil – a dívida está corrigida em R$ 1.361.495,06, número que excede até mesmo o montante que o sertanejo ganhou da emissora de Edir Macedo.
Quem move a ação de Execução de Título Extrajudicial, impetrada em 2015, é o credor, João Alex Monteiro Catan, representado pelo escritório Sales Delmondes Advocacia. Contudo, a defesa de Thiago Servo alega nos autos que o cantor jamais deveu a Catan – mas sim a Jamil Name Filho, recém-condenado pelo assassinato de Matheus Coutinho.
A defesa de Servo chegou a contestar a ação, mesmo reconhecendo a existência da dívida. Isso porque o cantor alega ter assinado uma nota promissória em branco em poder de Jamil Name Filho, com quem afirma ter contraído o débito, mas o documento aparece em nome de João Alex Monteiro Catan no processo.
A parte autora nega a alegação de Servo. Em nota, a defesa detalhou ao Jornal Midiamax que não possui interesse em manifestar sobre o caso, “pois a argumentação técnica e as impugnações aos infundados argumentos foram apresentados nos autos do processo”.
Dizem, ainda, que a alegação de que a dívida teria sido contraída com Jamil Name Filho seria uma estratégia da defesa de Servo. “Existe no processo uma única peça processual trazendo isso. Foi uma estratégia adotada pelo devedor sem qualquer lastro probatório, para confundir o juízo e que foi acertadamente afastada”, conclui a nota.
Servo tentou que fosse reconhecida a ausência de exigibilidade do título
Em defesa, o vencedor do reality show da Record TV argumenta que não conseguiu pagar o que devia após deixar a dupla com a cantora Thaeme. Foi quando teria combinado com o suposto credor Jamil Name Filho que o dinheiro da entrada ficaria pelo tempo de uso dos bens e que a nota promissória seria rasgada, segundo consta no processo.
Contudo, o título foi executado na Justiça por João Alex Monteiro Catan, responsável por solicitar a penhora dos bens do cantor. Desse modo, Thiago Servo então pediu para que fosse reconhecida a “ausência de exigibilidade do título e a condenação do exequente como má-fé”. Ainda assim, o juiz David de Oliveira Gomes Filho determinou a penhora por considerar que, no caso, não cabe exceção.
“O devedor não nega a existência do título e nem a assinatura posta naquele documento, mas questiona as circunstâncias que o levaram a se comprometer e as pessoas com quem teria se comprometido”, alega o juiz no processo, destacando também que “o executado já foi citado e não pagou a dívida. Deixou transcorrer o prazo dos embargos em branco. Assim, é cabível a penhora de bens e não mais o arresto”.
Name e Servo
Thiago Servo se consagrou campeão de “A Grande Conquista”, reality show da Record TV, na última semana. Desde o início, o cantor sertanejo ganhou popularidade e a preferência do público. Na web, circularam suspeitas de que o participante teria feito um curso com Arthur Aguiar para vencer o programa, quando algumas semelhanças foram apontadas pela audiência, inclusive no que diz respeito ao visual dos artistas.
Assim que o confinamento de “A Grande Conquista” terminou, Servo declarou ao Metrópoles que usaria parte do dinheiro do prêmio para pagar contas atrasadas, disse que queria sair do aluguel e tinha intenção de comprar um apartamento para a sua mãe, mas agora, o valor está bloqueado e prestes a ser penhorado pela Justiça de Campo Grande.
Vale lembrar que Jamil Name Filho, de quem Thiago Servo alega ser credor, foi condenado a 23 anos e 6 meses de prisão pelo assassinato do jovem Matheus Coutinho. A condenação de Name foi anunciada no dia 19 de julho, horas antes do cantor sertanejo vencer o reality da Record TV.
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