Sempre coberta de razão? Entenda por que a sucuri do Bioparque Pantanal nunca passa frio
No Bioparque Pantanal, Gaby mora no tanque Banhado Sucuri, ambiente rico em biodiversidade e que pode abrigar desde aves de pequeno porte até grandes serpentes
João Ramos –
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Que ela é a sensação do Bioparque Pantanal todos sabem, mas a sucuri Gaby, além de ser considerada como a “rainha do pedaço” pelos visitantes, também recebe um tratamento digno de majestade em seu recinto, no complexo de aquários em Campo Grande. Tanto é que Gaby nunca passa frio, mas não é porque ela está sempre coberta de razão.
Quando vão ao Bioparque, visitantes costumam questionar e se perguntar se os bichos abrigados no local sentem ou não a queda das temperaturas. No caso de Gaby, o Aquário esclarece que seu recinto é adaptado para os dias frios e essas adaptações, aliadas a todo o cuidado da equipe, fazem com que a cobra realmente fique com o corpo na temperatura ideal.
Isso porque há uma pedra aquecedora no recinto da sucuri, que impede que ela perca temperatura corporal. A equipe de veterinários também garante reforço no cuidado com os animais, com um tratamento profilático (conjunto de ações para evitar doenças) para preparar os moradores do Bioparque para o inverno.
Sucuri contraria a lógica
O recinto aquecido deixa Gaby tão a vontade que a serpente se sentiu segura o suficiente para dar um mergulho na água do ambiente em um dos dias mais frios do ano. Desse modo, ela contrariou a lógica, já que não é sempre que a majestosa sucuri do Bioparque entra na água.
Por isso, a atitude da cobra chamou atenção, principalmente pelo fato de, no inverno, em dias mais frios, as cobras desta espécie terem o hábito de tomar longos banhos de sol e ficar mais tempo fora da água para se aquecer.
Como gosta de ser diferente das outras, além de ser muito seletiva para interagir com as pessoas, Gaby surpreendeu os colaboradores do Bioparque Pantanal ao dar um mergulho em uma das datas mais fresquinhas do ano até então.
Veja a cena que impressionou quem passava pelo aquário:
Qual é a lógica das sucuris?
O período do inverno, inclusive, é o melhor e mais propício para o avistamento de sucuris na natureza.
“Elas têm o comportamento de se expor para absorver o calor do sol, pois são répteis de sangue frio. Não é fácil de ver, porém, as chances são melhores neste período, já que a melhor estação para vê-las é no inverno. Após noites bem geladas, elas costumam sair durante o dia, quando sai o sol”, explica ao Jornal Midiamax o guia Edir Alves, que vive no Pantanal.
Banhado Sucuri, o tanque da grandiosa serpente sul-americana
No Bioparque Pantanal, Gaby mora no tanque Banhado Sucuri, um ambiente rico em biodiversidade e que pode abrigar desde aves de pequeno porte até grandes serpentes, como a sucuri.
A sucuri é a maior serpente do mundo em volume corporal, podendo ultrapassar os 6 metros de comprimento. Sua expectativa de vida é de 10 anos em ambiente natural e de 30 anos em cativeiro.
Além disso, a dieta da sucuri é variada e ela mata suas presas por constrição. Alimenta-se de peixes, anfíbios, jacarés, aves, capivaras, animais domésticos e até mesmo onças.
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