Desde que viralizou após começar a esconder e distribuir dinheiro em Campo Grande, o jovem João Gabriel Antunes, de 20 anos, tem recebido diversos comentários questionando a origem das notas que tem dado de graça para os campo-grandenses. Além disso, muita gente está se perguntando qual o real objetivo do rapaz ao sair espalhando grana pela cidade. Pois bem, em conversa com o Jornal Midiamax, o tatuador esclarece tudo isso e mais um pouco.
Sem titubear, João responde às dúvidas dos leitores e conta que o dinheiro distribuído vem única e exclusivamente de seu trabalho. “Eu sou autônomo desde os 15 anos. Eu vendia tênis com 15 anos, com 16 comecei a cortar cabelo, e com 17 iniciei na profissão que estou até hoje, que é a de tatuador”, afirma.
“Tenho um estúdio no [bairro] Guanandi, de dois andares. No andar de cima, eu tatuo, e embaixo funciona a barbearia”, complementa ele. É desse ofício que o jovem empresário tira o próprio sustento aos 20 anos de idade. Dos rendimentos, ele separa uma quantia indefinida para gravar seus vídeos escondendo e oferecendo o dinheiro. Além disso, ele diz que compra vacas para a mãe fazer queijos. “Mas isso não tem a ver com as notas, é um investimento a longo prazo”, pontua, aos risos.
Mas, afinal, qual o verdadeiro motivo de João entregar cédulas gratuitamente por Campo Grande?
Segundo ele, o objetivo é um só: “Uni a minha vontade de ser um influencer nacional com o que as pessoas querem. O retorno é considerável, pois isso aumentou meus orçamentos de tatuagens e convites de parcerias”, garante o tatuador.
Para tanto, o empresário se inspirou em outros vídeos semelhantes que tem visto no TikTok, até montar seu próprio nicho e criar sua dinâmica específica. A brincadeira começou de forma despretensiosa, mas deu tão certo que alavancou a vida do rapaz em menos de uma semana.
Natural de Porto Barreiro, no Paraná, João fala sobre seu pioneirismo na família e no município de onde veio. “Fui o primeiro tatuado da minha família e primeiro tatuado da cidade onde eu morava. Quando voltei pra lá, fui tratado como aberração, mas não liguei”, relata ele.
“Morei até meus 14 anos no sítio do meu avô. Vim para MS com minha mãe quando ela e meu pai se separaram. Primeiro, fomos morar em Miranda e, depois de dois anos, desde 2019, nos mudamos para Campo Grande“, recorda João sobre as origens.
“Caça ao tesouro” deu certo em Campo Grande
O sucesso com os vídeos escondendo dinheiro tem feito o jovem colher bons frutos. Em menos de 10 dias, ele já começa a sentir o retorno positivo de seu conteúdo, mas, ao mesmo tempo, precisa lidar com curiosos e pessoas duvidando de suas reais intenções, bem como da veracidade das notas espalhadas por Campo Grande. Entretanto, o que não falta é traquejo e argumentos.
Enquanto isso, o rapaz natural do Paraná vê o número de seguidores aumentar cada dia mais, já que todo mundo quer saber onde ele vai fazer a próxima “caça ao tesouro” e participar tentando encontrar alguma nota escondida.
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