Pular para o conteúdo
MidiaMAIS

Pintura facial é herança do circo, que ‘Máscara’ e ‘Palhacinha’ usam para sobreviver em Campo Grande

Patriarca trabalhou em circo no auge e repassou ensinamentos a filhos e irmão. Há mais de uma década, vieram "tentar a vida" em Mato Grosso do Sul
Graziela Rezende -
Tio e sobrinha vendem revistinhas infantis nos semáforos de Campo Grande (Marcos Ermínio, Midiamax)

O pai de Maria Eduarda Xavier Soares, de 17 anos, viveu o auge circense quando trabalhou no Circo Orlando Orfei, o mais célebre do país por quase quatro décadas. No entanto, mesmo com a falência, sonhou em continuar no ramo e chegou a se apresentar até no Programa do Ratinho. Sem sucesso, veio para e aqui ensinou as pinturas facial e corporal para a família, com a intenção de chamar a atenção nas ruas de Campo Grande e assim revenderem revistas infantis.

Maria Eduarda, que é a “Palhacinha”, conta que nasceu no Paraná e era criança quando o pai trabalhava no circo. Lá, após ele encerrar as atividades e se separar da esposa, ficaram alguns familiares e lembranças.

Revistinhas infantis vendidas por família circense. (Marcos Ermínio, Midiamax)

“Minha mãe ficou lá no Paraná. Eu também tenho um irmão em Aracaju e aqui vivo com o meu pai, um tio e outro irmão. Nós somos muito unidos e este trabalho é pra gente sobreviver. Na verdade, eu trabalho nas ruas com o fone escutando louvor, me dá força, porque não é fácil. Tem gente que xinga porque colocamos a revistinha no carro, mas, é só o nosso trabalho. E a pintura faz parte da venda, para chamar a atenção das crianças, dos pais, porque são revistinhas infantis”, comentou ao MidiaMAIS.

Vendedor ambulante fica em cruzamentos de . (Marcos Ermínio, Midiamax)

Segundo Maria Eduarda, a família usa o das vendas para comprar alimentos. “Tem vezes que é bem difícil comprar novamente as revistinhas, porque surgem outras despesas, mas, a gente vai levando. E o meu pai amava essa vida de circo, tanto que foi parar lá no Ratinho, em 2005. Hoje ele trabalha como o homem prateado. Pinta o corpo todo e se apresenta por aí”, disse.

O tio de Maria Eduarda, Cristiano José Soares, de 43 anos, é o “Máscara”. Diariamente, acorda às 4h30. “Eu levanto quando o despertador toca no celular. Toca uma vez só e eu já acordo. Dali eu já faço as coisas e me pinto em seguida, com uma tinta a base d’água. Eu sou um personagem, dizem que sou parecido com ele”, contou.

Cristiano diz que muitas pessoas pedem para tirar fotos com ele. (Marcos Ermínio, Midiamax)

Nascido em Ponta Grossa (PR), Cristiano diz que acompanhou o sonho do irmão e veio junto com ele, “tentar a sorte” em Mato Grosso do Sul.

“A gente se divide durante o dia e nunca deixamos a Maria Eduarda sozinha, porque é uma moça, então, ficamos ali no cruzamento da Rua com a Mato Grosso. Ela de um lado e eu do outro, mas, sempre cuidando. Ou então estamos lá na Avenida Fábio Zahran. O meu irmão já fica em eventos, feiras, não tem um local certo”, finalizou.

Maria Eduarda fala da história da família. (Marcos Ermínio, Midiamax)

Leia também:

Em pé’ em poucas horas: conheça os bastidores do circo e como é a rotina de um circense

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Idoso tem a perna esmagada ao ser atropelado por caminhão da Solurb no Danúbio Azul

Carreta do Hospital do Amor percorre bairros e cidades de MS

Hospital de Amor realiza exames gratuitos de mamografia em shopping na Capital 

Empresários pagavam propina de 5% para ex-servidores da SED fraudarem licitações milionárias

Famosa apoia abaixo-assinado contra Virginia na Grande Rio

Notícias mais lidas agora

sed operação reinaldo

Licitações da gestão de Reinaldo na SED-MS foram alvo de quatro operações da PF por fraude

sed

LISTA: Alvos da PF vão de empresários a ex-servidores da SED em MS

pedagio br 163 rodovia ccr antt duplicação

ANTT defende reduzir duplicação para não subir pedágio da BR-163

Mulher sofre suspeita de fratura no nariz após ser agredida pelo ex-companheiro

Últimas Notícias

Trânsito

Idosa é atropelada por carro ao atravessar a rua na Vila Bandeirantes

Idosa foi encaminhada para a Santa Casa com fratura na região do tornozelo

Cotidiano

Pacientes lotam UPA Coronel Antonino, com fila até para o lado de fora

Com alta em casos de doenças respiratórias, UPAs operam próximas ao limite, diz Sesau

MidiaMAIS

Exposição itinerante destaca trajetória da urbanista corumbaense Carmen Portinho

Exposição será realizada na Casa de Cultura, em Campo Grande

Polícia

Acusado de matar Alex golpeado com pedaços de concreto é condenado a 13 anos de prisão

Marcos também foi condenado ao pagamento de R$ 10 mil de indenização aos sucessores de Alex