De rosa da cabeça ao para-choque da moto Fan 160, Geovana Mendes, de 22 anos, faz sucesso nas entregas pelos bairros de Campo Grande com o visual completamente rosado. O estilo deu origem até mesmo ao apelido de Penélope Charmosa, em referência à personagem dos desenhos que também tem um veículo da cor.

Geovana pilota a moto transformada aos poucos há três anos, mas a mudança não aconteceu logo no início, pois só depois de muito trabalho conseguiu conquistar a motocicleta branca. Além disso, as modificações foram sutis, no limite do permitido pela legislação de trânsito.

“Quando finalmente consegui comprar a moto já mandei personalizar ela. Sempre amei a cor rosa e meu sonho era ter uma moto rosa”, conta.

Geovana trabalha como motoentregadora em restaurantes da Capital
Moto turbinada e estilosa (Foto: Leitor Midiamax)

Foi na rotina de trabalho que os colegas apelidaram carinhosamente a campo-grandense que tem a rotina de dois turnos em restaurantes da Capital. Mas o visual não se restringe ao veículo, pois Geovana fez questão de usar ‘looks pink’ para trabalhar. “Comprei tudo por aqui, só a mochila rosa que encomendei pela internet”.

O cliente que pede a encomenda se encanta com a característica diferenciada e ela garante que as mulheres são as que mais comentam. “Algumas comentam que se sentem mais confortáveis por estar recebendo a entrega de uma mulher, eu fiz da necessidade de trabalhar uma diversão é muito gratificante pra mim. Sempre tem alguém que elogia no sinal e faz gracinhas, mas nunca nenhum cliente passou dos limites a ponto de me sentir mal sempre foi elogios agradáveis”.

Girls pink no trânsito

Thais Pereira, de 23 anos, fez questão de colocar na bag que carrega para atuar como motogirl. A intenção é chamar a atenção com a moto tunada rosa, roupas da mesma cor que ela é a apaixonada e a frase: ‘Dê a seta, não gasta gasolina!’

No caso dela, por ser mulher, também existe a falta de educação, principalmente por parte de homens. “Tem alguns bem mal-educados, que perseguem e querem tirar satisfação na rua. Só que, desde que eu tirei a minha habilitação queria fazer isso, então, a gente vai aprendendo a lidar. Gosto da minha liberdade”, argumentou a motogirl.