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MidiaMAIS

Pedrão é quem comanda pé-sujo na Vila Sobrinho, com direito a ‘janelinha da cachaça’

Local já passou por muitas mudanças e teve a porta fechada na época da pandemia. Agora, clientes são atendidos pelas janelas
Graziela Rezende -
Bar do Monteiro vende a cachaça por 5 reais (Nathalia Alcântara, Midiamax)

O “Pior Bar do Mundo” fez tanto sucesso que muitos donos de boteco ficaram alvoroçados em mostrar o seu estabelecimento e falar que sofrem, tanto quanto o Jubinha, com clientes folgados. E do bairro São Conrado fomos até a Vila Sobrinho, onde Pedrão comanda o Bar do Monteiro há 15 anos. O local já passou por muitas mudanças e teve a porta fechada na época da pandemia. Agora, tem o janelão durante o dia e a janelinha da cachaça, a qual chamam ali e ele atende a qualquer hora.

“Aqui existe desde 1966, quando meu pai chegou em Campo Grande e montou uma mercearia. Era a única na Vila Sobrinho, só tinha terra e poucas casas ao redor e nem existia supermercado grande aqui perto, como tem hoje. Ele tocou até falecer, em 1997. Depois, o salão ficou alugado um tempo e, em 2008, eu abri o bar”, contou ao MidiaMAIS Pedro Monteiro, de 67 anos.

Bar do Monteiro existe há 15 anos. (Nathalia Alcântara, Midiamax)

Na época, Pedro disse que fez uma divisória e ainda deixou uma parte alugada para um senhor, que faleceu no ano de 2011. “Nesta época eu ampliei aqui. Dei um para minha mãe e aí fiquei com o outro espaço alugado também. Coloquei mesa de sinuca no bar, máquina de música, foi assim um bom tempo até que veio a pandemia. Aí o movimento acabou e eu também estava cansado de muita encheção de saco, então, decidi tirar a porta e deixar só este janelão que tem aí”, disse.

No bar do Monteiro é proibido fumar e fiado fica só pra amanhã! (Nathalia Alcântara, Midiamax)

Para quem gostar apenas de tomar uma dose, ele fez a “janelinha da cachaça”, a R$ 5. “Eu faço leitosa, amargosa e enraizada. A pessoa paga antes e eu entrego o copo. Antes eu era besta, vendia fiado, tive muito prejuízo com isso. No meu caso, ninguém comeu o papel como aconteceu com o Jubinha. Fui eu mesmo quem embolei a folha e entreguei para a pessoa, dizendo que podia sumir que não queria mais saber de receber não”, relembrou.

No dia a dia, Pedrão tem a companhia do Tico, que diz ser o mascote do local.

“É a minha companhia e ajuda a cuidar aqui. Agora, aqui só entra meu amigos mesmo, só os fechados. Desde que eu fechei a porta, decidi nunca mais abrir para não ter mais dor de cabeça. Eu não reclamo porque aqui é o meu sustento, consigo tirar uns trocados, mas, tocar um bar não é para qualquer um não”, argumentou.

Pedrão mostrando o interior do bar. (Nathalia Alcântara, Midiamax)

Quando quer distrair, Pedrão diz que pega a moto. “Sou motoqueiro, esse é o meu hobbie. E eu queria mesmo era ganhar R$ 200 milhões na mega. Ia comprar um rancho e lá montar um bar bem ajeitado. Enquanto isso fico aqui. E escreve aí que agora eu não vendo só para pinguço não. Também vendo cerveja e refrigerante aqui”, finalizou.

Conheça mais sobre o Pedrão e o Bar do Monteiro:

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