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Moradora faz desabafo para sucuri do Bioparque Pantanal: ‘você é realmente’

Sucuri é tão famosa que algumas pessoas se sentem íntimas de Gaby, e chegam a "falar" com a cobra. Entenda o papel da sucuri do Aquário na educação ambiental
João Ramos -
gaby sucuri do bioparque pantanal
Sucuri Gaby em seu recinto no Bioparque - (Fotos: Reprodução das Redes Sociais)

Em pleno funcionamento há mais de um ano, o Bioparque ainda guarda muitas surpresas para os visitantes. A espécie mais requisitada no que diz respeito às visitas é a sucuri (Eunectes murinus) Gaby, que mesmo após 16 meses exposta em seu tanque ainda não foi vista por muita gente. A cobra segue surpreendendo quem passa pelo complexo de aquários, a ponto de ganhar um só para ela com um recado daqueles.

Gaby, que veio do especialmente para morar no Aquário do Pantanal em , desperta os diversos sentimentos e reações na população. Ao mesmo tempo em que impressiona, causa espanto, medo, fascina e também decepciona os visitantes, a serpente é o centro das atenções. Por si só, a sucuri é tão famosa que algumas pessoas se sentem íntimas de Gaby, e chegam a “falar” com a cobra.

Um dos casos mais recentes foi o da moradora Marilda Queiróz, que desabafou com a sucuri do Bioparque após descobrir que ela contrariou a lógica. Em dia frio na Capital sul-mato-grossense, Gaby decidiu dar um mergulho em seu tanque e surpreendeu a todos. Assim que soube do acontecimento, Marilda fez um comentário, como se estivesse falando com Gaby.

“Oh, Gaby! Fui aí só pra te ver, você não deu a mínima. E agora faz esse mergulho majestoso. Menina, você é realmente a ‘rainha do pedaço’, digo, do Bioparque Pantanal”, disparou ela.

Moradores estão acostumados a “falar” com a cobra

No desabafo, a moradora lamentou o fato de não ter conseguido ver a sucuri quando visitou o Aquário, mesma reclamação reproduzida por vários visitantes do Bioparque. Marilda, no entanto, foi carinhosa e demonstrou total respeito pelo animal, ao contrário de outros moradores que se irritaram com Gaby no início deste ano, também por não terem conseguido vê-la em seu recinto.

Na época, Gaby chegou a ser chamada de “vaca” pela população. “Fui lá duas vezes e ela estava escondida em uma folha. Quem conseguiu ver ela teve muita sorte”, “Ontem fui lá e ela só escondida, bicha sem graça”, “Eu fui lá 2 vezes. Uma ela estava escondida e a outra estava enrolada”, foram alguns dos comentários dos campo-grandenses, usando emojis furiosos e irritados com a sucuri.

E o descontentamento não para por aí. Até ofensas foram proferidas para a pobre Gaby. “Fui duas vezes e essa vaca não apareceu”, “Eu não consegui ver, ela estava escondida no tronco”, “Quando fui ela se escondeu” e “Vi muita criança batendo nos vidros… nossa! Todo lado vi isso, não fiquei muito tempo lá dentro. Me senti incomodada e já fui embora logo”, relataram mais moradores de Campo Grande.

Relembre:

Gaby tem papel importante no Bioparque e não se resume apenas a um animal para ser visto

Conforme explica a diretora do Bioparque Pantanal, Maria Fernanda Balestieri, um dos pilares do local é a educação ambiental, e a sucuri desempenha esse papel importante de conscientização e sensibilização não só com crianças, mas também com os adultos.

“Mostramos aos visitantes a importância do papel das serpentes no ecossistema, os danos causados com sua retirada da natureza, seja por meio de tráfico ilegal de animais silvestres ou matanças desnecessárias”, frisa ela.

Vindo do Pará, o réptil tem o hábito predominantemente carnívoro e tem como principal papel o controle de populações. Conforme a bióloga-chefe do Bioparque, Carla Kovalski, a exterminação da espécie acarreta um desequilíbrio ecológico no meio ambiente. Ela ainda ressalta a importância da presença de Gaby e o que ela representa no ponto turístico.

“O papel da Gabi no Bioparque é justamente desmistificar a ideia que a maioria das pessoas tem sobre as serpentes, que são animais perigosos, que atacam, que matam por prazer. A sucuri tem o hábito alimentar que é natural para o animal, e ela vai predar quando estiver com fome ou sob ameaça, uma forma de autodefesa. Exemplo disso é quando o animal está em seu habitat natural e as pessoas querem pegar, passar a mão, ter uma interação forçada. Ter esse animal conosco, além de contribuir com a pesquisa, ajuda a salvar outros animais”, diz a bióloga.

Em relação a um possível retorno da sucuri do Bioparque Pantanal para a natureza, a bióloga esclarece que essa possibilidade está descartada. É que o réptil já vivia em um cativeiro no Pará, sob cuidados humanos, e por isso não pode ser inserido novamente em seu local de origem, já que não conseguiria se alimentar sozinho e nem se readaptar ao ambiente.

Sobre a espécie

A sucuri é considerada a maior serpente do mundo em volume corporal, podendo ultrapassar seis metros de comprimento. Sua expectativa de vida é de dez anos em ambiente natural e de 30 anos em cativeiro.

Sua dieta é variada, em seu habitat natural ela mata suas presas por constrição, alimentando-se de peixes, anfíbios, jacarés, aves, capivaras, animais domésticos e até mesmo onças.

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