Os livros de história o mostram como um estadista francês, que ganha visibilidade na Revolução Francesa e lidera tropas em guerras revolucionárias. Mas, quem for aos cinemas nos próximos dias, vai também conhecer Napoleão Bonaparte como um líder militar estrategista e alguém que sempre carregou consigo uma obsessão: o amor por Josefina.

O começa com a rainha Maria Antonieta a caminho da guilhotina, mostrando o período conturbado e que ficou conhecido como Terror Jacobino, em 1793. Na época em que este tipo de execução tinha grande público e era reproduzido até no teatro, ela foi culpada por três crimes, entre eles “agir em favor dos interesses dos inimigos”.

Na sequência, os discursos eram de quem a misericórdia deveria ocorrer com os miseráveis e a humanidade, não com os vilões. Neste contexto, Napoleão organiza um bombardeio para a tomada de territórios e ganha o posto de general de brigada. “Eu lhe prometi sucessos gigantescos e mantive a minha palavra”, diz ele ao superior.

Napoleão escrevia cartas diárias para amada durante as guerras

Cenas do filme Napoleão exibidas no Cinépolis, em Campo Grande. (Graziela Rezende/Jornal Midiamax)

Em seguida, após o fim do período de terror, 41.500 presos se libertaram na Revolução Francesa e aí veio a Insurreição Monarquista. O cronograma do filme mostra Bonaparte como uma pessoa que seguiu os passos de “Alexandre, O Grande” e “César”, que salvou o Egito. Neste período, ele já estava casado com Josefina e, ao sair para batalhas, escreve cartas diárias para ela e o mesmo, enquanto a imperatriz está aos beijos com outro.

Ao ficar sabendo que ela tem um amante, chega a desacreditar dos fatos, porém, pede “duas fragatas e duas embarcações menores”. “Vou voltar pra casa”, diz ele ao subordinado, tudo sob sigilo. O que parecia fofoca então se torna verdade, quando ele vê que Josefina, taxada como “esposa infiel”.

Mesmo ela tentando fugir, Napoleão a encontra e pede que não minta para ele. Após uma conversa, volta a função de militar e participa de uma reunião, sendo questionado pelo fato de desertar das suas tropas no Egito. Em seguida, a sequência mostra o período conhecido como “O golpe”, no ano de 1799.

Com a ameaça dos monarquistas, ele recebe a oferta para largar o cargo de primeiro cônsul e se tornar rei. Mais uma vez, enquanto propunha carta de paz, descobriu que o inimigo poderia agir e então se mostrou estrategista, já que sabia da grande quantidade de navios deles.

Napoleão então tem o dia da coração, em 2 de dezembro de 1807. Na vida pessoal, começa a cobrar herdeiro da esposa, diz que está indo para a guerra e ela “não consegue engravidar”. Em uma briga ao lado de todos, chega a chamar Josefina de “oca” e, por outro lado, ouve que ele é quem está “gordo”.

Estrategista, Napoleão atrai inimigos para o gelo

Cartaz de exibição do filme. (Graziela Rezende/Jornal Midiamax)

Mais adiante, descobre que Rússia e Áustria, que era uma antiga aliada, estão unindo forças e parte para mais uma batalha, sempre escrevendo cartas para o seu grande amor.

Mais uma vez vitorioso, ao mostrar uma grande estratégia de atrair os soldados para o gelo, retorna e, em sua morada, passa por um teste para saber se pode ser pai.

A jovem com que ele se deita engravida e Napoleão decide pela dissolução do casamento com a imperatriz. No discurso, diz a todos que “perdeu a esperança de ter um filho com a amada esposa”, porém, a enaltece ressaltando que Josefina embelezou a vida dele por 15 anos. “São memórias que vão ficar para sempre dentro do meu coração”, finaliza.

Já a imperatriz comenta que o casamento se tornou um obstáculo para história da França”, já que não poderia ser governada pelos descendentes e, para “restaurar a fé e o trono e a ordem social”, ela também optou pela separação. Após a assinatura, Josefina se muda e Napoleão vai até ela mostrar o filho.

Depois, parte para a batalha contra a Rússia. Josefina então fica doente e morre de difteria. Ao chegar, fica furioso com a notícia e questiona sobre as cartas que escrevia para ela, quando descobre que um criado pegou e as vendeu.

Levado para campo de exílio, morre após seis anos

Napoleão e Josefina. (Internet/Reprodução)

Na sequência, já no Congresso de Viena, reclama que os campos da Europa foram destruídos enquanto os fazendeiros dormiam. Neste momento, mesmo ciente da próxima batalha, Napoleão vai mudando o comportamento, porém, parte para o território inimigo. Ao perder, é levado para o campo de exílio, que fica a 1,5 mil km distante da África, no ano de 1815.

Lá, mostra que Josefina está em seus pensamentos diários e que “toda noite implora para vê-la nos sonhos”. “E quando sonho você me rejeita”, lamenta, mostrando que ele perdeu a batalha no amor. A voz dela então diz: “Eu vou te perdoar meu imperador dócil e teimoso. Te deixei solto e chegou a ruína”. Ao todo, Napoleão ficou seis anos no campo de exílio e morreu no dia 5 de maio de 1821.

Em Campo Grande, o filme está em cartaz nas três redes de disponíveis: UCI, Cinemark e Cinépolis.