Físico se aposenta da UFMS após 46 anos e passa a fazer belas fotos da área rural de Campo Grande

Professor diz que sempre teve o prazer de tirar fotos dos filhos, porém, de forma amadora. Após aposentaria, decidiu fazer registros da natureza

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Alguns dos animais encontrados por Sérgio em propriedade rural. (Sérgio Piubéli/Arquivo Pessoal)

A paixão pela profissão, Sérgio Luiz Piubéli, que está prestes a completar 70 anos, veio do pai. Criado no campo, diz que sempre o viu “curioso e improvisador”, querendo saber como cada equipamento funciona. Deste estímulo, escolheu a física e passou a lecionar aulas na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) desde 1977. Agora, aposentado, passou a fazer belos registros da área rural de Campo Grande.

“Não sou profissional. Sou um amador e acho que a fotografia está mais ligada a minha profissão, porque tem muita física aplicada na parte de óptica, principalmente, em uma câmera fotográfica. E, desde pequeno, sempre vi meu pai olhando como as coisas funcionam, motor e gerador por exemplo, ainda mais em situações de necessidade. E a câmera também é uma consequência disto”, afirmou Sérgio ao MidiaMAIS.

Fotos registradas na área rural de Campo Grande. (Sérgio Piubéli/Arquivo Pessoal)

Muito antes de estar envolvido na área rural, Sérgio diz que tinha prazer em tirar fotos dos filhos. “Fazia os registros, sem muita técnica e enquadramento. E sempre achei a fotografia como uma extensão das nossas memórias periféricas, que vamos construindo desde que nascemos na nossa mente. No entanto, estas imagens só ficam na nossa cabeça. Tenho guardado comigo, por exemplo, o momento em que vi o mar pela primeira vez. A fotografia, ao contrário, leva a imagem até outras pessoas”, argumentou.

Pássaros pelo olhar do aposentado (Sérgio Piubéli/Arquivo Pessoal)

Conforme o aposentado, cada foto toca a alma e pode trazer surpresas tanto agradáveis quanto desagradáveis.

“Eu gosto muito e acho tudo que fica registrado muito interessante. E quem tem essa sensibilidade acho que sempre deve carregar uma câmera fotográfica. É claro que, na área rural por exemplo, a natureza em geral possibilita estes momentos mais constantes, uma vez que tem uma diversificação muito grande de animais, aves, plantas e flores. São coisas que passam despercebidas no nosso dia a dia das pessoas, ainda mais agora que o contato do ser humano está cada vez mais distante do real”, disse.

As fotos, no entanto, agora serão registradas em outro estado. Recentemente, Sérgio vendeu a propriedade e diz que está de mudança para o litoral paulista. Lá, também pretende fazer muitos registros da natureza e curtir a aposentadoria.

Fotos das flores renderiam belos quadros. (Sérgio Piubéli/Arquivo Pessoal)

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