O documentário “Pé de Histórias: árvores que guardam nossas memórias” estreia nesta quinta-feira (30), às 19h30, na Estação Cultural Teatro do Mundo, em Campo Grande. Ao MidiaMAIS, a diretora Lu Bigatão ressaltou que todo processo do demorou um ano, entre pesquisa, captação de imagens e entrevista e edição e finalização.

Neste período, a equipe percorreu o estado, como foco nas árvores. São espécies da flora que contribuíram com o desenvolvimento econômico, abriram estradas, fundaram cidades, influenciaram nos costumes, ajudaram na criação de uma gastronomia regional e divulgaram a música regional.

Ao todo, são sete espécies abordadas, que despertam memórias, emoções e fazem parte da vida da população: peroba-rosa, erva-mate, quebracho, pequi, guavira, pé de cedro e jenipapo.

Em , por exemplo, região sul do Estado, a espécie abordada foi a peroba-rosa, uma das árvores mais nobres das matas brasileiras, que foi praticamente dizimada, para a construção de casas, pontes e móveis. Na região de fronteira Brasil e Paraguai, o destaque é erva-mate, que faz parte do cotidiano da maior parte dos sul-mato-grossenses.

Jenipapo nas pinturas ancestrais

Já na reserva Kadiwéu, a equipe confere a importância do jenipapo para as pinturas ancestrais dessa etnia. Em Coxim, um exemplar do cedro-rosa, ganhou fama nacional através da canção de Zacarias Mourão, Pé-de-Cedro.

A guavira é o destaque na região da Serra da Bodoquena, uma das espécies que mais traz boas memórias para quem já experimentou a fruta. Em Rio Verde, o destaque é o pequi, presente na de inúmeros estados brasileiros. Em Porto Murtinho, a história retratada é da árvore quebracho, mostra um capítulo pouco conhecido pela população, mas, que ajudou no desenvolvimento da região, à custa da extinção da espécie.

Documentário

O documentário é uma realização da equipe da Deslimites e tem direção de Lu Bigatão Rios, roteiro de Rosiney Bigattão, edição de Carlos Dielh, apresentação de Nereu Rios, produção de Fernanda Kunzler, música de Antônio Porto, direção de fotografia de Deivison Pedrê, e tantos outros profissionais que participaram da equipe.

O projeto tem investimento do FIC (Fundo de Investimentos Culturais), através da FCMS (Fundação de de Mato Grosso do Sul) e Governo do Estado.

A Estação Cultural Teatro do Mundo fica na Rua Barão de Melgaço, nº 177, Centro.