Esta terça (21) é Dia Mundial da e eu só vim no carro pensando… o que leva uma pessoa a escrever uma poesia? A recitar versos, interpretar histórias? Qual o sentido? E quando olhei pro lado vi uma flor rosa, de árvore frondosa e que daria lugar para uma bela prosa, caso não fosse o tempo, sempre correndo… quando vi estava eu tentando fazer rimas e entendendo que o poeta inspira, emociona e motiva a sociedade.

Neste reencontro, de expressar sentimentos de maneira profunda e única, está a jornalista e apresentadora Glaura Vilalba, de 44 anos. Com 23 anos de experiência na área, diz agora que a poesia surgiu, de maneira inesperada, há quatro anos. “Eu comecei a escrever em cadernos antigos e aí veio a necessidade de escrever cada vez mais, quando fui percebendo que havia uma certa rima e aí eu fui deixando esse impulso se manifestar. No início, escrevia muito e hoje tenho cadernos e cadernos escritos”, contou ao MidiaMAIS.

Com o tempo, Glaura diz que começou a colocar métricas, simetrias e se importando, cada vez mais, com a estética dos seus textos. “Foi quando percebi que era poesia. Comecei a pesquisar mais sobre o assunto e fui deixando que isso acontecesse naturalmente. Apenas escrevia as coisas que vinham no meu pensamento, no meu coração e isso se manifestava a qualquer momento. De madrugada, eu acordava muito para escrever, escrevi inclusive algumas letras que eu acho que dá para colocar música, porque elas têm uma certa rima também, mas, tudo muito intuitivo”, explicou.

Desde então, Glaura falou que a “escrita intuitiva” se tornou a sua terapia. “Tenho vários poemas guardados, até o momento em que pensei o que iria fazer com aquilo. Pensei: ‘Se eu tenho este dom, este talento que se manifestou naturalmente, preciso compartilhar com as pessoas, porque acho que este é o intuito, de passar para frente e as são uma grande ferramenta para isso, já que multiplicam, elevam a produção a nível exponencial”, avaliou.

Desde então, Glaura produz, edita e exibe as poesias. “Gosto de compartilhar, de dividir com outras pessoas. Não tem um objetivo, de acontecer isso ou aquilo. Eu só entendi que é uma coisa boa e divido com as pessoas. Faço com o maior carinho. Eu mesmo produzo, eu mesmo edito e vou fazendo, é tão natural como escrever e estou muito feliz com isso”, relatou.

Além de recitar, Glaura diz que passou a estudar mais sobre o assunto, em Campo Grande. “Hoje eu consumo diversos autores. Pesquiso a vida deles, me interesso em saber quem são porque me identifico com eles. Estou me aproximando, me tornando íntima, como se eu fizesse parte daquele grupo, então, conheço vários, leio vários livros e tudo isso me trouxe de volta para a literatura. Amo Adélia Prado, Cecília Meireles, Conceição Evaristo, Paulo Leminski, Mario Quintana e Ferreira Gullar, que amo de paixão”, finalizou.

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