Homenagem à música regional e fantasias criativas marcam despedida do Carnaval na Esplanada

Número maior de foliões também chamou atenção em trecho que ia até a Avenida Mato Grosso

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Quem homenageou a música de MS foi o casal de economistas fãs de Délio e Delinha (Fotos: Nathália Alcântara)

O último dia de Carnaval na Esplanada Ferroviária, puxado pelo Cordão Valu, começou com mais gente na rua e foliões bastante empolgados para aproveitar a chance derradeira de cair na folia. Desde o trecho da Avenida Mato Grosso que dá acesso ao local, dava para ver que era maior a concentração de pessoas e de comércios paralelos de bebidas e comidas, inclusive com música alta nos carros de som, lembrando o que acontece na Avenida Afonso Pena aos domingos.

“O som é para chamar os clientes”, explica a dona de casa Jenifer Elias, que é moradora do Bairro Caiobá e acompanha o namorado à frente de um dos carros estacionados. Eles vendem bebida alcoólica com a intenção de conseguirem um dinheiro extra para as despesas.

O corredor formado na Avenida Mato Grosso

Délio e Delinha no Carnaval

Mais abaixo, onde o bloco se concentra oficialmente, os pontinhos coloridos de foliões fantasiados começavam a aparecer. Em meio às produções mais comuns, chamou atenção a do casal de economistas Rayan Wolf e Dayane Medeiras, que homenageia a dupla Délio e Delinha. “A gente gosta muito de chamamé e sertanejo, dançamos juntos nos bailes. Queremos levar para frente a cultura do nosso estado”, justificam os dois.

Vegetarianos de cogumelo e caracol

Outra produção em casal foi a da geógrafa Raquel Taminato e do artista Stefan Grol. Eles são vegetarianos e consomem cogumelos, fontes de proteína, por isso a ideia de serem, ela um cogumelo, e ele um caracol. “No ano passado, li um livro sobre cogumelos e fiquei encantada, daí tive essa ideia”, conta Raquel.

Caracol e cogumelo cheio de detalhes curtem o Carnaval

Fantasia inspirada no ‘patriota do caminhão’

Em referência ao apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, que se pendurou em um caminhão, a professora Griscele Souza e o arquiteto Felipe Neves, customizaram suas fantasias com bonecos do Super Homem e a caixa de uma televisão.

“É uma crítica à política, a um momento que a gente viveu. Eu acredito que foi um ato de idiotice, pois colocou a própria pessoa em risco e a do motorista do caminhão”, explica a professora sobre a fantasia.

Griscele e Felipe também são um casal e compartilham a mesma opinião sobre o homem que se pendurou num caminhão

“No Carnaval dá tudo certo”

“O que quer que tenha dado errado, no Carnaval dá tudo certo. Carnaval é brasileiro, é libertação”, diz o funcionário público João Augusto, que já está se despedindo da folia curtindo o último dia da Esplanada. Ele disse estar achando o carnaval lindo e cheio de energia. Após dois anos impedido pela pandemia de Covid-19, a festa retornou e deixou ele “morrendo de saudades”.

Veja mais imagens do último dia de Carnaval na Esplanada, feitas por Nathalia Alcântara:

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