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MidiaMAIS

Para evitar piadas de verdadeiros peões do Pantanal, ator fala que comeu sêmen de boi cozido: ‘Entendo bem o Zaquieu’

Espedito Di Montebranco, que também participou do remake, fala que fez laboratório com peões, há mais de 20 anos, no Pantanal
Graziela Rezende -
Ator que participou de remake Pantanal filmou momento em que bois eram capados, há mais de 20 anos. Foto: Montagem/Jornal Midiamax

Zaquieu, personagem de Silvero Pereira em Pantanal, é um homem assumidamente gay que quer ser peão. Ao lado deles, já suportou risadinhas e agora exige respeito. Ao assistir às cenas, o ator de Campo Grande, Espedito Di Montebranco, de 54 anos, que também participou da novela, relembra ‘laboratórios’ que fez com peões na região, há mais de duas décadas, o qual comeu sêmen de boi cozido, logo após capar o animal, para evitar julgamentos e até piadas dos peões.

“Vejo a peãozada agora, olhando estranho para o Zaquieu, tirando sarro, como se fosse um problema ele ser gay e tudo isso vem sendo muito bem retratado na novela. Ele vai colocando cada um no seu lugar com sutileza. Imagina um assunto como esse há 20 anos, em meio à peonada. Eu fiz laboratório com peões, com comitiva mesmo, há 21 anos, no . Foi muito importante, experiência inesquecível”, relembrou Espedito ao MidiaMAIS.

Folder do espetáculo exibido em dezembro de 2001 e parte do elenco. Foto: Montagem/Jornal Midiamax
Folder do espetáculo exibido em dezembro de 2001 e parte do elenco. Foto: Montagem/Jornal Midiamax

Na atual novela Pantanal, o pernambucano radicado em Mato Grosso do Sul fez o personagem Jeferson e atuou juntamente com a Guta (Julia Dalavia) e Alcides (Juliano Cazarré). No entanto, na época do primeiro laboratório, foi ao Pantanal acompanhar uma comitiva e se preparar para o espetáculo teatral João Além e Sua Comitiva – Um Dom Quixote  do Pantanal que, aliás, foi sucesso diário de bilheteria no Glauce Rocha, em dezembro de 2001, em , segundo o ator.

“Nós chegamos no Pantanal e já nos primeiros dias acompanhamos a capação dos bois. Os animais eram colocados em uma viga de aroeira, alguns até arrebentavam tamanha a brutalidade do animal. Aí os peões cortavam os bagos do animal, já assavam ali do lado e comiam. Eles viraram para os atores e perguntaram: Ué, não vão comer? Se não comesse, era motivo de zombaria. Fui vendo como faziam, o sêmem fica cozido por dentro, parecendo um ovo. Eu espremi um limão ali e mandei pra dentro”, comentou Espedito.

Ator atuando no espetáculo João Além e Sua Comitiva – Um Dom Quixote  do Pantanal. Foto: Espedito Di Montebranco/Arquivo Pessoal
Ator atuando no espetáculo João Além e Sua Comitiva – Um Dom Quixote  do Pantanal. Foto: Espedito Di Montebranco/Arquivo Pessoal

Ao mesmo tempo, diz que presenciava os animais sendo costurados e caminhando lentamente. “Aprender a rotina deles, como viviam, ajudou muito na minha vida artística. O que eu achava algo cruel, me dava agonia, na verdade faz parte do costume deles e alguns até comem porque acreditam na virilidade. É algo muito comum por lá”, disse.

Na época, assim que desceu da caminhonete, uma D-10 que dirigia levando também outro ator e figurinistas de , Espedito fala que chegou com muita na fazenda Margarida.

“Este era o local do laboratório, fazenda tradicional no Pantanal, pertencente a da nossa diretora Laís Dória. Lá tinha escola, museu, igreja e até sirene na hora da alimentação. Vi as panelonas, cheia de arroz, feijão, mocotó e, de cara, veio uma mosca verde gigante no meu prato. Foi quando um peão disse: ‘Umas duas vezes por semana recebo este prêmio aí, senta e come’. Era uma colher na comida e outra eu dava um gole na água. Tentamos pegar peixe, eu e outro ator, mas, nada, então, nos outros dias a nossa alimentação foi mais de bocaiuva do que qualquer outra coisa”, comentou.

Durante a pandemia, Espedito pegou as imagens que havia gravado na época, em uma câmera antiga, realizando um documentário sobre o laboratório para o espetáculo. Veja aqui:

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