Homem abocanhado por sucuri em MS detalha momento do ataque: ‘foi direto no osso’

Veja como ficou a mão do rapaz após o ataque da sucuri

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Guia Wesley Costa Oliveira foi atacado pela serpente em MS – (Fotos: Arquivo Pessoal)

O último domingo (24) marcou para sempre a vida do guia de turismo e Wesley da Costa Oliveira. Ele foi atacado por uma no Passo do Lontra, região do Pantanal, às margens do Rio Miranda, em Mato Grosso do Sul.

O homem de 28 anos estava acompanhado de turistas quando tudo aconteceu e contou detalhes do ataque ao MidiaMAIS. Além de guia, o fotógrafo da natureza estava indo amarrar a corda do barco em uma árvore e encontrou a serpente, da espécie amarela, que logo deu o primeiro bote, sem conseguir atingi-lo.

Ele então pegou a câmera para filmar e diz não ter visto que ela estava preparada para o ataque, foi quando levou uma mordida muito forte do animal, que chegou a fazer sua mão jorrar sangue.

“Um médico falou que era bom tomar um remédio pra acabar com bactéria, porque tem muita bactéria, mas não deu infecção nenhuma. Na hora doeu bastante, mas depois de dois dias parou. Hoje não aparece mais, só as pontinhas”, afirma o rapaz, que é natural de Miranda.

No entanto, o ponto específico do ataque segue dolorido. “Onde ela mordeu, que é o dedo do meio, ainda dói um pouco, porque ela bateu em cima do osso. Foi direto no osso, é o único que tá doendo ainda” , conta ele.

Apesar disso, Wesley afirma: “A minha mão está tranquila. Como eu sou guia turístico e guia de pesca aqui no pantanal, sei manusear os animais, sei o que pode e o que não pode fazer. Isso aí foi só um minuto de bobeira mesmo”, disse o fotógrafo, que é natural de Miranda.

Assista ao momento em que ele foi abocanhado pela serpente:

O ataque da sucuri

Fotógrafo da natureza em Mato Grosso do Sul, Wesley da Costa Oliveira foi atacado por uma sucuri-amarela no último fim de semana.

“Eu estava numa pescaria com dois clientes de Maringá. Nessa pescaria, a sucuri estava em uma árvore atrás de mim e a hora que eu fui amarrar o barco pra gente pescar, ela tentou me dar o bote, só que não acertou”, relembra ele ao MidiaMAIS.

Assim que a cobra deu o primeiro bote, o guia decidiu fazer um vídeo. “Comecei a gravar ela da parte do rabo pra cabeça, só que eu não vi que ela tava com o bote armado, fui ver na gravação. Hora que eu coloquei a mão em cima com a câmera, ela veio e mordeu minha mão. Foi muito ligeiro”, narra o fotógrafo.

Na hora da mordida, Wesley elogiava a serpente, da espécie amarela, dizendo “linda, perfeita”, quando foi surpreendido pelo bote.

‘Pode ser uma sucuri macho estressado’

Daniel De Granville, biólogo conhecido por ter convivido com sucuris há mais de 14 anos em Mato Grosso do Sul, comenta o ataque registrado pelo mirandense. “Geralmente, um ataque como esse do vídeo, ocorre mais por defesa do animal do que uma tentativa de se alimentar. Mesmo porque essa cobra é muito pequena pra pensar em pegar um bicho maior do que uma ave, alguma coisa assim…”, declara ele ao Midiamax.

“Pela cena que tá no vídeo, a gente percebe que a pessoa que filmou não foi lá tentar agarrar a cobra. Ele estava filmando só de perto, mas essa sucuri já tava dando um sinal de ataque. É possível ver bem que ela estava com o pescoço curvado em ‘s’, isso é clássico, não só de sucuri, mas qualquer serpente quando está próxima de dar o bote faz essa curva, como uma mola no pescoço, é aí que ela prepara a musculatura pra dar um bote rápido”, detalha Daniel.

Por fim, o biólogo levanta uma hipótese: “Pode ser um macho estressado com época de acasalamento. O rapaz chegou lá na hora errada e [foi atacado], mesmo não tendo cutucado e perturbado a sucuri, pelo menos nessa parte do vídeo… mas ela deu um sinal claro de que estava prestes a atacar”, finaliza o especialista na espécie verde de sucuris.

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