A TV Globo, de fato, cortou a polêmica cena de sexo de Almir Sater na novela “O Rei do Gado”. Conforme adiantado pelo Midiamax, a sequência foi exibida editada nesta segunda (12) e, como mágica, o momento em que o personagem do cantor força Lia (Lavínia Vlasak), a filho do Rei do Gado (Antônio Fagundes) a fazer sexo, desapareceu.
Aparício (ou Pirilampo, nome de artista do personagem de Almir Sater), se cansou das “investidas” de Lia, mas jovem tanto fez que conseguiu um beijo do violeiro. O problema é que, após fortes insinuações da moça, Aparício não se contentou e decidiu transar com a “filha do homem”.
Só que Lia resiste e implora inúmeras vezes para que Aparício não o faça, mas o cantor decide que é hora de fazê-la parar com o “assédio”. “Se ocê veio brincar comigo aqui, agora vamo brincá até o fim”, diz o personagem de Almir Sater, forçando uma relação sexual. Até que a novela mostra a moça “não resistindo” e se entregando com paixão.
Desse modo, no capítulo exibido na reprise do “Vale a Pena Ver de Novo”, tudo isso desapareceu. Isso porque a edição da TV Globo fez mágica, subiu a trilha Sonora, e juntou o início e o fim da sequência, tirando o miolo em que Aparício força e Lia implora para não ser abusada – como previsto pelo MidiaMAIS.
Por fim, a sequência em 2022 terminou parecendo uma relação 100% consensual. Assista a cena original sem cortes, exibida em 1996:
Confira como ficou o trecho levado ao ar nesta segunda (12) com a edição da TV Globo:
Cena de Almir Sater cortada em O Rei do Gado
Como adiantado pelo Midiamax, a atitude do personagem de Almir Sater foi minimizada pela edição por por mostrar um homem forçando uma mulher a fazer sexo. Ao mesmo tempo em que, nas redes sociais, a sociedade atual avalia a sequência como um estupro, e esse lidera os motivos pelos quais a emissora não a exibiu na reprise do “Vale a Pena Ver de Novo”.
“Apesar dela ficar importunando ele, o Aparício não tinha o direito de forçar ela desse jeito. É claramente um estupro, e o pior é que a novela normaliza isso”, escreveu uma telespectadora ao relembrar a cena em grupo nas redes sociais. Logo, outro fã de Almir Sater rebateu: “Também não concordo, mas isso foi em 1996. Nos dias de hoje, impensável uma cena dessa. Ainda bem que evoluímos”, disse ele.
Vários outros internautas então se posicionaram e também afirmaram que a sequência mostra um estupro, enquanto outros poucos defendem que o trecho “não tem nada de mais”. Contudo, a cena se mostra inaceitável para os padrões da sociedade de 2022, tanto é que terminou eliminada do repeteco.
O Rei do Gado
Clássico da TV Globo de 1996, “O Rei do Gado” está em sua quarta reprise. Esta é a quinta exibição da novela na televisão brasileira, contando com a transmissão original.
Com efeito, “O Rei do Gado” foi escolhida a dedo para ser reprisada durante a Copa do Mundo, após pesquisa do canal sobre qual novela “seguraria” o público masculino. Além disso, a obra de 1996 tem sido usada como uma espécie de “curinga” quando a emissora precisa de audiência na faixa vespertina. É como se “O Rei do Gado” fosse garantia de sucesso e, de fato, até o momento, está sendo.
O folhetim é de autoria de Benedito Ruy Barbosa, o mesmo responsável pela novela “Pantanal”, clássico da TV Manchete de 1990 que ganhou um remake na TV Globo em 2022, atualizado por Bruno Luperi, neto de Benedito.
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