Você pode sorrir, abrir a boca, não abrir, fazer qualquer gesto, que não adianta: seu rosto vai continuar triste. Isto tudo graças ao filtro do Instagram, criado pela campo-grandense Bianca Garutti, de 34 anos. Na noite dessa quarta-feira (30), após votação popular, ela recebeu o prêmio de melhor trend do ano, na capital paulista.

Conforme Bianca, a premiação teve diversas categorias, como os melhores memes do Brasil e melhores reels, por exemplo. “Ali estavam reunidas todas aquelas pessoas que trabalham para fazer a alegria de outras pessoas. É a quarta vez que ocorre este prêmio, em parceria com a Meta, que é a empresa que gerencia o Instagram e o Facebook. Fiquei muito feliz quando ganhei”, falou.

Ao MidiaMAIS, algumas horas após a premiação, Bianca deu a primeira entrevista nesta manhã (31). “Eu estava concorrendo com aquelas dancinhas, aquelas que o pessoal fica reproduzindo bastante e aí tinha da Anitta, da Sonza, Malvadão e aquela desenrola, bate. O meu filtro teve milhões e milhões de visualizações no mundo inteiro e a comunidade votou bastante, votou horrores nesse viral”, comentou.

“Quem assiste, morre de rir”, diz criadora do filtro triste

De acordo com a AR Creator, nome dado aos criadores de filtros, o filtro triste já existia em plataformas concorrentes, mas, o público sentia falta de algo específico no Instagram. “Foi aí que eu fiz a versão. Via que algumas pessoas faziam vídeos com esse filtro e postavam no insta. Só que é uma concorrência, não é legal, então, quis dar esta opção. Quem assiste, morre de rir, porque é impossível mudar o rosto, fica todo triste e deformado. E ainda tem uma música junto, impossível não gostar”, brincou.

A cada dia, Bianca diz que acorda com uma surpresa. “Toda hora é alguém diferente usando. Esses dias vi, logo cedo, o Shawn Mendes e o com eles. Já são 178 mil reels, sem contar os milhares de stories e vídeos feitos com ele. Estou nesta profissão há 3 anos, muito feliz com a minha escolha e os caminhos que me levaram até os filtros”, argumentou.

Segundo Garutti, que se formou em Física e também atuava como bailarina de dança do ventre, a pandemia trouxe a nova profissão. “Estava já fazendo mestrado, mas, não segui carreira na física. As danças também pararam na pandemia e, como eu sempre gostei do Instagram, tive essa curiosidade de aprender mais sobre as ferramentas de vídeo”, relembrou.

Premiação ocorreu em um dos escritórios da Meta, em São Paulo. Foto: Bianca Garutti/Arquivo Pessoal
Premiação ocorreu em um dos escritórios da Meta, em São Paulo. Foto: Bianca Garutti/Arquivo Pessoal

De repente, o que era hobby se tornou profissão em tempo integral. “Há pouco mais de 3 anos, esta é a minha renda principal. As pessoas me contratam para fazer filtros para elas. Já atendi empresas como Samsumg, kitkatv e fiz o filtro da novela Pantanal também. No exterior, já atendi uma joalheria nos Estados Unidos, entre outros clientes. Eu brinco que posso continuar sendo e também posso ser artista, misturando tudo o que gosto: ciência e tecnologia”, avaliou.

Para se tornar criadora de filtros, Bianca diz que estudou muito sobre programação, modelagem em 3D e até o assunto mais atual do momento, que é o metaverso.

“Estou muito feliz com esta premiação e agora eu só penso em continuar trabalhando e acompanhar toda esta evolução da tecnologia. As pessoas nem percebem o quão rápido é tudo isto. Até pouco tempo, ninguém tinha face e insta no celular, por exemplo, era só no computador. Hoje em dia está tudo na palma da nossa mão, é algo surpreendente”, finalizou.

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