Férias escolares: psicopedagoga dá dicas e reforça a importância do brincar para as crianças
Profissional aconselha flexibilidade na rotina e equilíbrio com uso de aparelhos tecnológicos
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Nas férias escolares, a criançada só quer saber de jogar videogame, dormir até tarde, passear no parque ou até mesmo ficar em casa sem fazer nada assistindo desenho animado. Mas diante de tantos recursos tecnológicos, como trazer a brincadeira para os pequenos? Para a psicopedagoga Erika Karla Barros da Costa, os pais devem achar um equilíbrio entre as brincadeiras com as telas e as offline.
Erika explica que as crianças do século XXI são muito mais atarefadas, com muitos compromissos e horários. Segundo a especialista, “as férias são períodos especiais para que as crianças desfrutem mais das brincadeiras, atividades que são importantes e ajudam a desenvolver a noção espacial e corporal”, acrescenta.
A especialista também ressalta que as tecnologias se diferenciam muito das brincadeiras que exigem movimentos, entendimento da realidade e das coisas que as circundam. Segundo Erika, as telas mostram uma fantasia dirigida e não algo que estimule a elaboração do próprio pensamento.
“O uso contínuo dos aparelhos pode deixar as crianças entediadas quando há limites nesse acesso. Isso revela a angústia que sentem ao não preencher o vazio com aquilo que a própria imaginação deveria preencher. Por isso, é essencial que a família opte por não seguir por um único caminho, ou seja, adotando a tecnologia, mas estimulando o brincar e a exploração daquilo que o virtual não tem condições de oferecer”, orienta a profissional que também é professora do curso de Pedagogia da Anhanguera, de Campo Grande (MS).
A especialista destaca que é importante neste período uma flexibilidade maior, não tendo tanta rigidez em relação às rotinas. “São nas férias que as crianças se sentem livres para explorar os ambientes, manusear brinquedos mais informais e mais criativos. Isso proporciona o desenvolvimento de habilidades como a criatividade, capacidade de simbolização e socialização”, pontua.
Para deixar as férias ainda mais divertidas, a psicopedagoga dá dicas de brincadeiras. Confira:
uso de analógicos: quebra-cabeça, baralho, uno, cubos, legos, jogos da memória e dominó.
brincadeiras com mais movimentos: pular corda, pular elástico, verdade ou desafio e mímica.
preparar juntos o cardápio da semana: pesquisar receitas em livros, site e app.
escolher uma série compatível com a idade das crianças para “maratonar”.
Fonte: Agência Educa Mais Brasil
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