Gabriel Sater, o filho mais velho de Almir Sater, carrega uma dupla responsabilidade no remake de “Pantanal”. Além de interpretar o papel que foi do pai na versão original, Gabriel também vai contracenar com o violeiro que lhe deu a vida.

Para quem não sabe, Almir Sater interpretou o peão Trindade em “Pantanal” de 1990. Na trama, o personagem tinha pacto com o diabo e era cercado de mistérios. O papel agora será de seu primogênito Gabriel e o nervosismo de assumir o lugar que um dia foi do pai será potencializado ao dividir o set com o cantor.

Para Almir, essa experiência no remake é de muita felicidade. “Quando eu soube que seria o Gabriel quem faria o Trindade, fiquei muito feliz. O Bruno [autor do remake] criou uns enfrentamentos do Trindade com o Eugênio, enfrentamentos musicais”, comemora a entidade pantaneira.

“Eu falei para o meu filho, não vou dar moleza, hein. Meu filho toca bem, toca violão erudito. Há uns anos começou a estudar viola. É um cara que se dedica muito. Eu espero que seja tão bom para ele quanto foi para mim, o personagem Trindade”, conclui o cantor.

“Toque de magia”

No remake, Almir Sater viverá o chalaneiro Eugênio, uma espécie de “primo” do Velho do Rio, cercado por mistérios. “Ele é um mascate, está na canoa desde que se entende por gente, o pai dele provavelmente era o dono, e na beira de rio, embarcação, às vezes é o único canal de comunicação que temos com o mundo. O que nos leva, nos traz, leva e traz mercadorias”, comenta.

“Ele é um cara que fala coisas muito bonitas, tem um toque de magia no que fala. É um homem solitário, gosta da solidão. Estou aprendendo mais sobre ele”, explica o músico sobre o novo papel.