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Técnico em enfermagem desenha em esparadrapos para acalmar crianças em hospital de Campo Grande

Dom de Samuel ganhou fama entre os pequenos pacientes e colegas de trabalho o acionam sempre que precisam
Arquivo -

Estar internado em um hospital pode ser uma experiência assustadora e difícil, principalmente para uma criança, que nem sempre entendo o porquê de estar em um ambulatório. Pensando em sanar esse problema e tornar a estadia mais agradável para os pequenos, o técnico em Samuel Barbiris Correa Portilho usa a paixão por desenhar como ajuda para acalmar crianças atendidas no Pronto Atendimento Pediátrico ou internadas no Hospital Unimed .

O técnico em enfermagem, de 27 anos, traçava mangás, aquelas histórias em quadrinhos japoneses com características e expressões bem marcantes, mas há alguns meses descobriu poder alegrar os pequenos com um dos seus hobbies favoritos: desenhar. Os delineados precisos são feitos em esparadrapos micropores, usados nos acessos para ministração de medicamentos, mas o primeiro desenho feito na unidade hospitalar foi em uma bolsa de colostomia.

“Há alguns meses me deparei com um garotinho internado em nosso hospital que estava triste e com muita vergonha porque usava uma bolsa de colostomia. Então peguei uma bolsa nova e desenhei o “super foca”, um personagem que ele gostava. Depois disso ele ficou muito feliz e passou a mostrar a bolsinha para todo mundo”, conta.

Foi depois dessa experiência que Samuel passou a desenhar nos esparadrapos. No início, fazia os desenhos entre uma tarefa e outra, utilizando apenas canetas esferográficas e marca textos para colorir, mas com o aumento da demanda de trabalho por conta da pandemia da Covid-19, o colaborador passou a fazer os desenhos em casa e a levar muitos deles prontos para o hospital. Ele também comprou um estojo de 36 canetinhas coloridas para dar mais vida aos personagens.

Fama entre os pequenos pacientes

O dom de Samuel “ganhou fama” no hospital e os colegas de trabalho muitas vezes o acionam, como um pedido de socorro para acalmar mais um ou uma pequena que passa por ali. Algumas crianças pedem desenhos mais específicos e difíceis, mas o colaborador tenta fazer o mais perfeito possível. “Eu tento atender o pedido dessas crianças, porque afinal, elas estão ali fragilizadas, com medo, com dor e percebo o quanto os desenhos mudam o astral delas. Nós estamos ali para cuidar das pessoas, mas é muito gratificante poder oferecer algo a mais durante a assistência”, comenta.

Mãe do pequeno Henrique, de 1 ano e 2 meses, a fotógrafa Taygra Nayara Martins Prates conta que ficou bastante surpresa com a iniciativa do técnico em enfermagem. “O Samuel é incrível! Ele chegou com o desenho do Homem-Aranha e disse ‘vim trazer para o Henrique, para combinar com a roupa dele’, porque meu filho usava uma camiseta do personagem nesse dia”, conta, lembrando que nesse momento fazia uma videochamada com sua filha Maria Clara e que o profissional ainda disse para a garotinha escolher um desenho para ela também. “Ela escolheu uma pandinha com um coração”, destaca a mãe das crianças.

“Receber esse adesivinho no curativo do bebê foi como se estivesse aquecendo meu coração, porque é uma forma de demonstrar que ele ama o que faz, que está tentando de algum jeito, naquele momento difícil, de dor, dar carinho em forma de desenho para acalmar a criança. É como se aquele curativinho fosse um ‘amiguinho’. A iniciativa me deixou mais tranquila. Meu filho fica passando a mão no desenho, é gratificante isso”, relatou Lúcia Pereira da Silva, mãe do Pedro, de 7 meses.

Quando perguntamos sobre a reação dos pais, Samuel diz “eles me agradecem, me marcam nas redes sociais, deixam cartões de agradecimento e isso é muito gratificante”, finaliza.

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