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MidiaMAIS

Parte da história de Campo Grande, sebos guardam relíquias que chegam a R$ 3 mil

Além de preservar itens raros, sebos de Campo Grande aumentaram vendas digitais na pandemia
Arquivo -
Livraria e sebo Hamurabi
Livraria e sebo Hamurabi

Hoje, sexta-feira (29), é comemorado o Dia Nacional do Livro, data criada em 1810 em homenagem à fundação da Biblioteca Nacional. Os livros contam, preservam e transformam histórias desde o início da civilização antiga. Nesse contexto, uma instituição importantíssima tem a grande missão de manter viva essa memória.

Os sebos são espaços essenciais para a preservação da cultura e estímulo à leitura, uma vez que oportunizam a troca e venda de livros usados a preços acessíveis, promovendo, também, a reutilização de materiais. Em , os sebos são espaços lendários que guardam verdadeiras relíquias literárias. Algumas são tão importantes, que chegam a valer R$ 3 mil reais.

Para entender como os sebos funcionaram no último ano de pandemia e conhecer de perto o que tem lá dentro, o MidiaMAIS conversou com os três principais de Campo Grande. Hamurabi, Maciel e Daniel Livros, todas as livrarias fazem venda de peças novas e usadas. Para elas, é unânime: a venda digital foi o modelo promissor desde 2020.

Livraria Hamurabi

A Livraria Hamurabi funciona há 32 anos na Capital. Segundo a vendedora e subgerente Amanda Nantes Salles, a pandemia decaiu a venda presencial, mas aumentou muito a digital. O crescimento foi tão grande, que a equipe optou por mudar as estratégias de mercado.

“A venda online foi o que cresceu durante a pandemia. A gente entrou em outros sites e melhorou bastante, porque antes não era nosso foco. Nosso foco era vender aqui e agora o nosso foco é Internet”, conta Amanda.

Livro de Sebo
Livro “Cartas a Lucílio” (Foto: Arquivo Pessoal)

Percebendo a preferência dos clientes, o local não perdeu tempo. Funcionários apostaram na divulgação do e aumentaram o acervo digital. Antes, apenas 700 livros estavam cadastrados. Hoje, são 3,5 mil à venda na Internet. Eles aproveitaram a modalidade, também, para vender os livros raros.

O mais caro é a quarta edição da obra “Cartas a Lucílio”, de Lúcio Aneu Séneca, no valor de R$ 1 mil.

Livraria Maciel

Super conhecida na cidade, a Livraria Maciel atua há 30 anos na Rua 14 de Julho. Lá, os livros que mais vendem são os de romance, finanças e infantis. Na pandemia, a procura por livros aumentou, especialmente na modalidade de entrega. 

“Nós podemos dizer que deu uma leve crescida na venda de livros na pandemia, porque todo mundo em casa confinado, então muita gente voltou a ler livros quando, antes, não tinha o hábito da leitura”, afirma Samuel Duarte Maciel Rezende, gerente.

Atualmente, a empresa trabalha mais com livros novos, mas preserva algumas peças. Dos livros mais antigos, o destaque vai para as coleções de Direito, como as do autor Pontes de , que são as mais antigas e variam entre R$ 2 mil a R$ 3 mil. A livraria também conta com um álbum gráfico de Mato Grosso (MT) no valor de R$ 2 mil. Esses, no entanto, não estão disponíveis para estoque.

Daniel Livros 

Já para Daniel Freire, dono da Daniel Livros, teve alto crescimento nos livros de alfabetização infantil. “As escolas começaram a lecionar através dos computadores, porém isso dispersava demais a criança. Então, os pais vieram buscar livros de caligrafia, alfabetização para ajudar os pequenos”, contou. 

Há 20 anos no ramo, ele contou que passou a investir mais no delivery quando notou a popularidade das entregas. Hoje, pretende expandir ainda mais esse investimento, especialmente agora.

Questionado sobre o livro mais valioso, Daniel assume que são os “Fazenda – uma memória fotográfica”, de Luiz Alfredo Marques, e “Exodos”, de Sebastião Salgado, ambos no valor de R$ 400 reais.

Livros de sebo
Livros são relíquias na livraria (Foto: Arquivo Pessoal)

 

Onde ler em Campo Grande?

Se você se sentiu inspirado(a) para aprimorar a leitura depois do que viu até aqui, nós separamos os principais lugares para ler em Campo Grande. Confira:

Biblioteca Estadual Dr. Isaias Paim

  • Entrada: gratuita;
  • Horário de funcionamento: das 8h às 17h30;
  • Acesso: respeitando normas de biossegurança. Não tem limite de entrada;
  • Acervo: 41 mil livros de todas as áreas de conhecimento;
  • Endereço: Av. Fernando Corrêa da Costa, nº 559 – 2 andar – Vila Carvalho.

Biblioteca Pública Municipal Anna Prado Bastos

  • Entrada: gratuita;
  • Horário de funcionamento: segunda a sexta das 7h30 às 17h30. Sábado das 8h ao meio-dia;                    
  • Acesso: respeitando normas de biossegurança. Não tem limite de entrada;
  • Acervo: 40 mil exemplares.

Biblioteca Central da UFMS

  • Entrada: gratuita;
  • Horário de funcionamento: 6h30 às 10h;
  • Acesso: Para público externo, funciona apenas leitura e consulta no espaço. Por causa da pandemia, os empréstimos não estão permitidos para quem não tem vínculo com a universidade;
  • Estão seguindo normas de biossegurança.

Biblioteca UEMS

Acesso: Para público externo, funciona apenas leitura e consulta no espaço. Mas, por causa da pandemia, a ação está suspensa.

 

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