Miriam aprendeu a rejuntar, colocar forro e virou pedreira na pandemia pelo filho

Difícil não encontrar um relato de alguém que não tenha sido afetado de alguma forma pelo coronavírus. No caso de Miriam, 39 anos, a pandemia levou seu emprego de doméstica, assim como o de muitos brasileiros.

Desesperada e sem saber o que fazer, a dona de casa passou um tempo organizando as ideias, cuidando do lar e do filho, até que recebeu uma proposta do marido.

“Meu esposo me chamou pra ajudar ele em uma obra, aí falei que não sabia nada sobre obra. Quando eu pensei e respondi ‘você me ensina e eu vou’ e ele disse ‘beleza, te ensino’.”, conta a moradora de Anastácio ao Jornal Midiamax.

“Ele me ensinou a colocar forro. Hoje já aprendi a rejuntar e rejuntei a cozinha sozinha, fiquei muito feliz! Isso é gratificante, agora já sei mexer com encanamento e por aí vai”, conta orgulhosa ao MidiaMAIS.

Antes da pandemia, ela trabalhava como doméstica, levava o filho Miguel para escola e depois ia para o trabalho. Mais tarde, buscava o garoto e depois voltavam juntos para casa. O coronavírus acabou com essa rotina.

“Também sou revendedora de cosméticos e tenho um tempinho para minhas clientes. Amo tudo que faço. Também não posso esquecer do meu filho que é razão da minha vida, e da minha família que me dá força em tudo, principalmente minha mãe e meus irmãos”, declara.

Empolgada, ela afirma que o marido está gostando da companhia e da ajuda no trabalho.

“Na vida a gente tem que ter força de vontade e sempre agradecer a Deus por tudo”

Quanto à rotina em casa, ela diz: “Agora plantamos mandioca, já estão grandes. Final de semana nós cuidamos da plantação”. Orgulhosa da produção, Miriam compartilha diariamente suas conquistas no Facebook, e as pessoas adoram.

Motivação

Tudo isso, e principalmente o trabalho e o aprendizado desenvolvido nas obras, tem uma motivação muito forte: o filho Miguel.

“Cheguei agora em casa e essa é a razão do meu esforço. Faço tudo pra ver esse sorriso! Tem hora que eu chego cansada mas esse sorriso faz valer o meu esforço”, conclui a trabalhadora.