Alexandre Rodrigo Magalhães, de 51 anos, tem um ponto de venda de garapa na Rua Marechal Deodoro, em frente ao Terminal Aero Rancho, em Campo Grande, há seis anos. Com constantes pedindo de ‘pede um Uber para mim?’, decidiu cobrar o auxílio por R$ 1 e instalar uma placa divulgando o serviço.

A maior parte das pessoas que pediam a ‘ajudinha’ é formada por passageiros que estão sem bateria, internet ou que não tem o aplicativo de mobilidade urbana instalado no celular. Segundo o comerciante, a proximidade com o Hospital Regional e o terminal de ônibus tornaram o comércio dele como ponto certo para pedidos de corridas.

“Parava muita gente pedindo ‘preciso de um Uber’. Antes eu não cobrava, agora cobro para pagar a internet”, explica.

A ideia surgiu há 2 anos, ele garante a segurança dos passageiros ao fazer ‘a ponte’ na chamada do aplicativo. Ele participa de um grupo de conversas com cerca de 100 motoristas de aplicativos, onde ele informa que alguém quer uma corrida quando algum passageiro o procura.

'Chama-se Uber por R$ 1': Comerciante vê oportunidade e ajuda passageiros que precisam de corrida
Garapeiro também é chamador de Uber (Foto: Leonardo de França, Midiamax)

“A pessoa me diz o endereço e solicito, o aplicativo fala o valor e a pessoa decide se aceita ou não, tudo na hora. Eu sei que pedindo, o carro ‘encosta’, é confiável”.

O valor é simbólico, pois em média, no começo do mês consegue chamar cerca de 15 corridas por dia, no meio ou no fim do período, cerca de 8 a 4 corridas diárias. “É mais para ajudar as pessoas, até falaram que cobro baixo, hoje, por exemplo, veio uma mãe com e duas crianças, uma de colo, pediu mas disse que não tinha dinheiro, eu respondi que tudo bem e que chamava. É gratificante ajudar”, finaliza.

Após a publicação, a assessoria da Uber procurou a reportagem e alertou que a prática é considerada ilegal no aplicativo e pode acarretar de suspensão ao banimento do usuário que fizer o pedido para terceiros. Os motoristas também não estão autorizados a aceitarem a viagem. O problema é que a empresa não consegue garantir suporte ao usuário.

“É muito mais seguro que a própria pessoa que irá fazer a viagem faça o pedido utilizando o seu telefone. Assim o usuário tem todos os dados da viagem na mão e pode pedir ajuda ao suporte diretamente pelo app, em caso de necessidade”, traz informação no site institucional da empresa, que também apresenta uma série de soluções que podem ser alternativas quando o usuário estiver impossibilitado de efetuar um pedido do próprio celular. Clique AQUIpara conferir.

Dicas de segurança

Assim como nos aplicativos de mobilidade urbana, para evitar transtornos, as plataformas informam dicas de segurança para uma viagem tranquila e segura. Confira dicas:

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