Acervo com a história de Campo Grande ganhará nova sede e terá exposições para população

Também há processo para digitalização dos arquivos

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Registro da Avenida Afonso Pena
Registro da Avenida Afonso Pena

O Arca (Arquivo Histórico de Campo Grande) vai ganhar nova sede e a ideia, com a mudança prevista para ser concluída até dezembro, é abrir novamente o espaço para a população pesquisar a história da cidade e ainda conhecer exposições artísticas temporárias e permanentes. Ainda há projeto em andamento para digitalização do acervo, outra forma de acesso ao conteúdo que será disponibilizada em breve.

A novidade vem após a Sectur (Secretaria Municipal de Cultura e Turismo) confirmar, em setembro deste ano, a mudança do Arca de local. Isso porque o prédio antigo, na Rua Pedro Celestino, não oferecia segurança ao acervo, que poderia sucumbir em minutos em caso de um incêndio, aos moldes das tragédias que destruíram o Museu Nacional do Rio de Janeiro e a Cinemateca em São Paulo.

O ‘upgrade’ no acervo deverá contemplar itens históricos de grande valor à cidade: são manuscritos, impressos e material fotográfico da Capital entre 1905 a 1970. Por exemplo, documentos como o Código de Posturas, a Planta do Rocio de Campo Grande, de 1909, além de documentos da Intendência, atual Paço Municipal, plantas arquitetônicas desde 1919 e coleções de jornais da década de 1940 a 1980. 

“Em 1909, a Intendência Municipal contratou o engenheiro Nilo Javari Barém para realizar o desenho da planta urbana de Campo Grande. Em junho do mesmo ano, ela foi apresentada, mas sua realização e as providências a serem tomadas na cidade implicaram na reestruturação do Código de Postura aprovado em 1905. O novo modelo teve fortes influências das ideias positivistas, predominante entre os intelectuais brasileiros”, traz um trecho de publicação, quando o assunto digitado no Google é ‘Planta do Rocio de Campo Grande’.

Para quem ama, é um prato cheio para conhecer a história da cidade. E quem não é tão fã pode, ao menos, saber as curiosidades do lugar onde mora. Aberto para toda a comunidade, o local costuma receber mais estudantes, professores, acadêmicos e autores de obras que buscam documentos comprobatórios.

Mudança

Atualmente, o arquivo fica na Rua Pedro Celestino e, aos poucos, é levado para um imóvel na Rua Brasil, que já abrigou a extinta Fundac (Fundação de Cultura) e Sectur (Secretaria de Cultura e Turismo). “O Arca está lá há quase 20 anos, mas o prédio tem problema estrutural, não é adaptado. Já iniciamos a mudança, mas demora porque o acervo é grande e pesado, o transporte é delicado”, explicou o secretário de Cultura, Max Freitas.

“O novo local está remodificado, com acessibilidade, banheiro, a população vai poder fazer pesquisa. Também vamos conseguir fazer exposição de materiais históricos de Campo Grande, temporárias e permanentes. No atual não acontece, a estrutura não comporta”. 

Sem nada online atualmente, o processo de digitalização já foi iniciado, mas levará mais tempo do que a alteração de endereço da Arca. A previsão é que pelo menos 50% do acervo seja digitalizado na primeira fase. No site da Prefeitura de Campo Grande, é possível  baixar revistas, livros, artigos, sobre o arquivo, mas nenhum documento original — já que ainda está sendo digitalizado.

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