Quem foi criança nos anos 90 certamente ouviu falar do tazo. Durante muito tempo, os salgadinhos da Elma Chips viraram alimentos cobiçados pelo público que fazia coleção dos discos com personagens infantis. Na escola, entre família e até troca com desconhecidos, os tazos viraram a sensação em todo o país. Agora, depois de muitos anos, a batata Lay’s anunciou que o icônico brinquedo está de volta, mas com um diferencial: o produto volta com variações de bolas de futebol. Eles estampam as 20 bolas das finais da UEFA Champions League, liga dos campeões de futebol da Europa.

A novidade não agradou os adultos que viveram a época dos tazos com temáticas de desenhos como “Animaniacs”, “Tiny Toons”, “O Máskara”, “Pokémon”, Cartoon Network, “Yu-Gi-Oh!” e “Dragon Ball Z”.  A campanha publicitária do relançamento escolheu o jogador Daniel Alves para contar a notícia através das “Todo mundo aí viu que os Tazos voltaram? Eu joguei muito na minha e fiquei bem animado de ver as 20 bolas da UEFA Champions League neles”, escreveu o craque.

A assessoria de imprensa da PepsiCo contou para o portal Geek Publicitário que a temática das bolas das finais da UEFA foi escolhida para o país onde o futebol é uma grande paixão, mas nada impede que haja novidades no futuro.

Independente do “país do futebol”, os brasileiros decidiram ir nas redes sociais protestarem. “Ninguém quer tazo de futebol”, escreveu um seguidor. “Tazos com bola, pu** bola fora”, comentou outro.

Há quem também colocou a culpa no Supremo Tribunal de Justiça o garantiu que a Elma Chips escolheu o tema futebol por ser ilegal o uso de qualquer publicidade destinada ao público infantil. “Para os adultos reclamões, atualmente não pode qualquer publicidade voltada para esse público, escreveu uma fã do brinquedo.”

Vale lembrar que, em 2016, tendo como base uma campanha da Bauducco “É Hora de Shrek”, que condicionava a compra de relógios de pulso na aquisição do produto Gulosos, a 2ª turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que era ilegal a publicidade destinada ao público infantil. No caso específico da Bauducco, a empresa foi condenada ao pagamento de R$ 300 mil em e outros R$ 50 mil destinados ao Fundo Especial de Despesa de Reparação de Interesses Difusos Lesados, publicou o portal Meio e Mensagem na época.