Que primeiro grande surto de coronavírus aconteceu em Wuhan, cidade da China, todo mundo já sabe, mas que a história já havia sido contada em um de suspense é novidade. Na , circulam trechos de “Os Olhos das Trevas” um publicado em 1981, que narra a criação de um vírus mortal criado na mesma cidade chinesa.

Segundo os internautas, o escritor Dean Koontz havia previsto o coronavírus e a pandemia da doença no livro de 1981. Nos trechos compartilhados nas é possível fazer a ligação entre a situação quando entre a trama do romance é citado o “Wuhan-400“, vírus criado na cidade chinesa para ser uma arma biológica contra os Estados Unidos, com 100% de taxa de mortalidade.

Foi nessa época que um cientista chinês chamado Li Chen desertou para os Estados Unidos, carregando um registro em disquete da nova e mais perigosa arma biológica da China. Eles chamam o material de ‘Wuhan-400’ porque foi desenvolvido em seus laboratórios de RDNA nos arredores da cidade de Wuhan, e era a quatrocésima centena de estirpes viáveis ​​de microorganismos criados pelo homem criados naquele centro de pesquisa”, diz o texto do livro.

Premonição?

De fato as semelhanças deixam os internautas intrigados e alguns até acreditam na possível premonição. Entretanto não se passa de uma grande coincidência, causada pela imaginação fértil de um escritor disposto a criar um bom romance de suspense.

Além disso, segundo o  South China Morning Post, o primeiro nome dado ao vírus do livro foi “Gorki-400”, na primeira edição publicada em 1981. Apenas em 1989 a arma biológica da ficção teria sido chamada de “Wuhan-400”.

No livro também é citada índice de fatalidade do vírus, que tem 100% de mortalidade confirmada na trama. Na trama, uma pessoa infectada pelo vírus “Wuhan-400” pode apresentar os sintomas em quatro horas após ter contraído a doença e em até 24h deve falecer por conta do vírus.

“E o Wuhan-400 tem outras vantagens igualmente importantes sobre a maioria dos agentes biológicos. Por um lado, você pode se tornar um portador infeccioso apenas quatro horas após entrar em contato com o vírus. Esse é um período de gestação incrivelmente curto. Uma vez infectado, ninguém vive mais de vinte e quatro horas. A maioria morre em doze. A taxa de mortes de Wuhan-400 é de cem por cento”, descreve o livro.

Entretanto o coronavírus possui índices de curados por todo o mundo, é certo que muitas mortes são ocasionadas pelo vírus que circula atualmente, porém não existem estatísticas que comprovem o índice absoluto de fatalidades. Em relação aos sintomas que aparecem após a infecção do coronavírus, a OMS (Organização Mundial da Saúde) estima o período de incubação do vírus é de um à 14 dias e apenas na segunda semana de infecção os primeiros sintomas costumam ser notados.