Paloma Santos é uma entre as milhares de jovens que sonham em deixar a cidade natal para se arriscar nos grandes palcos do Brasil afora. Criada em , a relação íntima com a arte começou ainda na infância quando praticou, por cerca de 10 anos, ballet, jazz e dança contemporânea. Após uma contusão, decidiu largar tudo na Capital do e partir para o Rio de Janeiro estudar .

Hoje, Paloma brilha na Cidade Maravilhosa atuando na peça “vidAMORte” e já foi assistida por pessoas no Sertão, Estados Unidos, Canadá, Japão, Portugal e México. A peça é bastante contemporânea e conta a história de Alice, uma mulher forte que, ao longo da vida, passa por diversos momentos desafiadores e desilusões amorosas. Aos poucos, ela vai se redescobrindo e abrindo um caminho de autoconhecimento.

Aos 19 anos, Paloma desembarcou no Rio com a bagagem recheada de força de vontade. Filha de corretora de imóveis e de ator formado, que deixou de seguir a carreira por preconceito da família, a jovem quis fazer diferente. Dentre os diversos cursos de interpretação que fez, conheceu uma amiga e começaram a trocar ideias sobre se produzir.

“Fui dividir apartamento com a Sâmia e lá já morava a Andressa também, construímos uma amizade linda, as 3 atrizes, de outras cidades, morando juntas no Rio. As nossas cabeças de artistas inquietas não pensam em outra coisa senão produzir arte sem esperar a oportunidade aparecer.”

Apesar dos empecilhos, as garotas continuaram a acreditar que deveriam criar suas oportunidades. Foi então que, sentadas no quarto, iniciaram um projeto para falar sobre o feminino, empoderamento e amor. Uma delas conhecia um jornalista e autor de novelas da Rede Globo e decidiu conversar com ele.

“A Sâmia lembrou do Lalo (Homrich), ela sabia da inquietude dele em produzir e assinar a dramaturgia de uma peça. Marcamos uma reunião e iniciamos o projeto. Ele escreveu a peça em um único final de semana porque o que ele queria falar já estava latente. Ele chegou com o texto e nós amamos.”

Depois da parceria fechada, o projeto começou a ganhar corpo e alma.

“Homrich já havia trabalhado com a Duda (diretora da peça) no programa Encontro com Fátima e conhecia a potência dela como artista e diretora, então a convidou para dirigir vidAMORte. O Marcos Bruno (ator convidado), eu e as meninas já havíamos feito o curso do Sérgio Pena com ele e na hora ele topou.”

As coisas começaram a dar certo para Paloma quando ela acreditou e, hoje, a atriz serve de exemplo para os iniciantes.

“No início é difícil, a gente sente falta da família, dos amigos, do conforto do nosso lar, mas ao mesmo tempo é como se estivéssemos descobrindo um novo mundo, cheio de oportunidades. Além do Rio ser cheio de encantos naturais, é aqui que eu tenho mais possibilidades no âmbito artístico, isso impulsiona a querer continuar.”

vidAMORte

Após uma temporada no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte no ano passado, a intenção era captar um patrocínio para rodarem o Brasil, mas a fez com que os artistas decidissem se reinventar. Agora, Paloma e a equipe estão fazendo uma versão em live streaming de vidAMORte.

“Tem dado muito certo. Faremos 11 sessões nessa primeira temporada, já realizamos 9”, explica.

A apresentação é um convite para a reflexão sobre a descoberta do amor e suas vertentes, entre eles: o amor próprio. Além do empoderamento feminino e aceitação. Nos dia 23 e 30 deste mês, o espetáculo será transmitido ao vivo e gratuitamente. Quem tiver interesse, pode enviar uma mensagem no Instagram @vid.amor.te com nome e telefone, no final do espetáculo será passado um “chapéu virtual” onde os profissionais colhem doações voluntárias dos internautas.