Família do ‘xodó da Depac' cresceu

Tudo começou assim: um galinho garnisé apareceu misteriosamente no pátio do 5º DP, no bairro Piratininga. Por ali ficou, meio debilitado, mas acabou se fortalecendo após ser ‘adotado' pelos policiais. Já restabelecido, colocou ordem no pátio: disciplinou os gatos e até ‘cuidava' da viatura do delegado. Foi então que veio a solidão. Chiquinho era o dono do pedaço, mas não tinha nenhuma companhia. E lendo a matéria publicada no Jornal Midiamax, um produtor rural se sensibilizou e atendeu o apelo. Francisco, que é xará de Chiquinho, doou duas galinhas garnisés que criava em seu sítio, a cerca de 20 km de .

 

Daí, seria mera questão de tempo até a família crescer. Tanto é que a equipe de reportagem do Midiamax constatou in loco que além de Chiquinho e suas duas esposas, os pintinhos já corriam pelo pátio. “São sete pintos, duas esposas e o Stiv Chiquinho, agora. Ele ‘teve' filhotes com cada uma, e continua cuidando do pátio”, revelou um policial que não quis ser identificado.

Surgimento misterioso

Segundo os funcionários da DP, que fica no bairro Piratininga, Chiquinho começa a mostrar a que veio por volta das 4h da manhã, quando começa a cantar. “Ninguém dorme aqui. Ele fica sempre numa árvore, que fica bem do lado da viatura do delegado e parece que fica tomando conta. Quando é de tarde, ele entra no prédio e fica em cima de uma cadeira na sala dos PM”, conta o investigador Roberto, do SIG (Setor de Investigações Gerais) do 5º DP, responsável pela alimentação de Chiquinho.

“Batizamos de Stiv porque é codinome de policial em operação. E Chiquinho porque ele é pequenininho”, conta Roberto, que diariamente leva milho para o bicho. “E tem que ser milho do grande, pequeno ele não quer, e nem farelo. De tarde o pessoal da limpeza providencia água. Ele é bem cuidado, já é o mascote do SIG aqui da DP”, revela Roberto.

A teoria do surgimento do garnisé é que ele tenha caído de algum caminhão de mudança. “Tanto é que nos primeiros dias ele ficou meio acuado. Mas a gente cuidou e ele ficou forte. Fica aqui cantando quando dá a hora. Entra na sala onde registra o BO e fica em cima da mesa, é uma figura”, conta Osvaldir, outro investigador.

 suas duas esposas e seis pintinhos (Arlindo Florentino/Midiamax)