Os olhos viram e o coração logo já sentiu. “Foi amor à primeira vista”

A timidez e o suor frio nas mãos não se tornam impedimento, quando o assunto é o sentimento verdadeiro que une duas pessoas. Aos poucos, o acanhamento vai dando espaço às declarações simples, porém, profundas e sinceras do amor que há mais de um ano une o casal Alexander Leite, 21, e Renan Simplício, 25.

O casal jovem e cheio de sintonia, diz que tudo começou em outubro de 2013, quando pela primeira vez se encontraram na casa de um amigo em comum. Segundo Alexander, não teve jeito. Os olhos viram e o coração logo já sentiu. “Foi amor à primeira vista”.

A oficialização do relacionamento veio somente seis meses depois do primeiro encontro, e até o namoro ganhar estabilidade, o casal precisou passar por momentos difíceis, marcados por idas e vindas às cidades de Campo Grande e Ponta Porã, já que Renan morava no município fronteiriço. “Foi um período doloroso”, resume Alexander.

Atualmente, morando juntos na Capital, os dois afirmam ter a rotina de um casal normal. Mas espera aí! Esta é a história de um casal como outro qualquer, repleto de brigas, ciúmes e o sentimento que torna a relação mais sólida a cada dia. 

“Não existem diferenças de um relacionamento heterossexual. As cobranças são as mesmas, o ciúme e principalmente as chatices”, brinca Renan fazendo referência ao namorado, declaradamente o mais explosivo da relação.

Sobre o desejo de se tornarem pais, os jovens não descartam a possibilidade, porém, ainda buscam mais estabilidade financeira para ingressar nessa nova fase. Até lá, o simpático Pug Pigmeus, carinhosamente chamado de Pig, cumpre com graciosidade o papel de ‘herdeiro’ do casal.

Nas redes sociais, os elogios não são poucos, inclusive de pessoas heterossexuais. Em algumas publicações, os meninos que chamam a atenção pela beleza e simpatia, ganham o título de “um dos casais mais lindos do Estado” e por isso, fazem questão de expor a forma toda particular de amar e ser amado.

Infelizmente nem tudo são flores, homossexual assumido, Renan revela o lado não tão colorido de viver na contramão daquilo que a maioria entende ser “normal”. Em pleno século XXI, ele revela que ainda controla as caricias e demonstrações de afeto com o namorado, motivado pelo medo de ações preconceituosas, realidade ainda comum na sociedade em que vivemos. “Reservo-me por medo de apanhar”, assume.

Entre altos e baixos, naturais na convivência a dois, Renan e Alexander são exemplos de que o amor é a mais completa demonstração da prática do bem. Para esse sentimento tão puro e espontâneo, não existe raça, cor, sexo ou religião. E, assim como na música, os dois são um exemplo para quem também considera justas todas as formas de amor. Parabéns meninos!

 


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