Para resgatar a autoestima de mulheres, fotógrafa propõe pés no chão e luz natural
Fazer com que suas clientes se vejam bonitas é a finalidade de seu trabalho
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Fazer com que suas clientes se vejam bonitas é a finalidade de seu trabalho
Toda mulher tem uma relação conflituosa com o corpo. Eu tenho e você também deve ter. Em uma sociedade regida por um sistema machista e opressor, respeitar as peculiaridades de cada corpo é fugir do padrão e estar fadada, muitas vezes, a sentir ódio da própria aparência.
Quem nunca pensou em deixar de sair de casa por se sentir feia, gorda, magra demais ou mal vestida demais que passe para o próximo texto. Este aqui é sobre todas nós que já pensamos em nos esconder do mundo por acreditarmos no que dizem por aí sobre os nossos corpos e a nossa aparência.
Ser alta, magra, branca, com cabelos lisos e pele hidratada é quesito básico para ser considerada bonita. Se falar pouco, sorrir na hora certa e for bem-sucedida, não mais que o seu companheiro…parabéns, é linda! Sobre esse discurso – muitas vezes não verbalizado e outras tantas vezes despejados sobre nós – que crescemos, enfrentamos a adolescência e, na maioria das vezes, aprendemos a nos odiar e a nos sentirmos feias.
Desconstruir todos esses anos de bombardeios negativos vindos da televisão, das músicas, dos livros, da internet e de todos os lugares é tarefa para a vida toda. Mas basta uma pontinha de ‘luz natural’ para aflorar nosso olhar mais cauteloso sobre o nosso próprio corpo e trazer à tona todo amor próprio que nos habita.
Foi mais ou menos isso que aconteceu com a estudante de arquitetura Anne Machinsky, 27 anos. Em uma daquelas fases complicadas de aceitar a própria beleza, as curvinhas redondas demais ou de menos, que ela decidiu posar para as lentes da amiga fotógrafa Farid Fahed, 27 anos.
“Eu gostei muito de me ver. Me senti bonita. Senti amor pelas minhas curvas, pelas características que são só minhas. Foi muito marcante para mim”, conta Anne que também é produtora cultural.
Assim como Anne, muitas mulheres chegam até Farid sentindo vergonha do próprio corpo. “Elas chegam querendo posar, mas se sentem mal com o próprio corpo. Eu percebi isso e passei a trabalhar essa parte de fazer com que elas se sintam bem e bonitas e o resultado é muito legal”, conta.
Entre suas fotos algumas características já são esperadas: a luz é natural, o cenário é a natureza e os retoques, quando existem, são mínimos. “Eu comecei a visitar meus trabalhos antigos e percebi que esta sempre foi uma característica minha. A partir disso comecei a explorar esse diferencial e me surpreendi com a procura das mulheres por esse tipo de trabalho”, explica.
Em tempos em que poucos fotógrafos passam ilesos a apelos como: “vai me deixar bonita?” ou “vai ‘passar’ Photoshop?”, Farid encontrou seu público fiel. E para ela, ver o resultado, não das fotos, mas das mulheres ao verem as fotos é o mais gratificante.
“Quando as vejo felizes. Se sentindo bonitas, vale o meu trabalho todo. Eu venho da publicidade onde pouca coisa é de verdade. E me cobro muito para fazer coisas que influenciem positivamente na vida das pessoas. Quando isso acontece, para mim é muito especial”, relata.
Paula Oliveira também teve sua beleza, única e particular como a de todas nós, reveladas pelas lentes de Farid. Durante a gravidez de seu segundo filho, Álvaro, ela escolheu um cenário verdinho para fazer suas fotos.Além da barrigona, ela dividiu o álbum com a filha e o marido.
“Depois que me tornei mãe, o contato com a natureza ficou maior e se tornou muito importante para nós. Eu me sinto mais disposta quando volto desses contatos com a natureza”, explica quando perguntada sobre o motivo do local escolhido.
Em um momento delicado, em que muitas mulheres se sentem feias e extremamente sensíveis ela pôde se ver bela como realmente é.”Quando vi o resultado me surpreendi demais. Me senti radiante e espalhei as fotos pela casa.Naquele momento gostaria que a gravidez durasse mais”, diz sorrindo.
Quanto à natureza, Farid explica que a preferência é por se sentir mais à vontade junto ao verde. “Eu cresci na natureza. Sempre tive uma ligação muito forte, por isso, sempre foi natural sugerir essas locações para as clientes. E elas gostam bastante. Começam tímidas, mas depois se soltam e acho que o ambiente interfere nisso. Em um estúdio é complicado”, nos explica a fotógrafa que prefere seus pés no chão na hora de fotografar.
“Estar na natureza, distantes dessas paranoias todas que nos colocam na cabeça é muito mágico. Um momento só delas e que eu amo poder participar”, conta. Mais informações e trabalhos da fotógrafa estão em seu site.
Que cada uma de nós encontre a sua própria ‘lupa’ capaz de nos fazer enxergar a beleza individual e única de cada corpo, com as curvas, retas e saliências de cada um deles. Afinal, uma mulher empoderada é um pontinho de luz natural no caminho escuro que percorremos rumo à liberdade de sermos lindas como somos.
Veja mais fotos de Farid:
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