Mais de 150 alunos participaram da aula 

Competir com os ‘temidos’ celulares e deter a atenção de adolescentes não é das tarefas mais fáceis, ainda mais se o assunto for matemática. Pois bem, foi diante dessa dificuldade e da necessidade de aproximar o ensino teórico do cotidiano dos estudantes, que o professor Pedro Vitor de Oliveira decidiu levar todo mundo para um local de aula nada convencional: o cemitério.

Se a ideia lhe pareceu estranha, saiba que para o restante do corpo docente da Escola Estadual Flavina Maria da Silva, no Bairro Pioneiros, a proposta não apenas soou perfeita, como foi aceita por todos. “O cemitério é um lugar que compõem todos os elementos interessantes para uma aula. É um lugar muito rico”, diz.

Como a atividade já estava programada há muitos dias, a greve dos professores que atinge a Rede Estadual de Ensino foi suspensa pelos professores da escola. Mais de 150 alunos do terceiro ano do Ensino Médio foram levados, em três ônibus, ao Cemitério Municipal Santo Antônio.

No local, os alunos tiveram as aulas previstas para uma manhã comum em sala de aula.  Em a matemática, os alunos aprenderam cálculos aritméticos, cálculos de bases e muitas outras coisas. Em física e química, a decomposição foi o tema. Já em Filosofia, a questão é: “Como as religiões encaram a morte?”.

“Essa é uma aula que eles jamais vão esquecer. Ver o funcionamento da teoria na prática é algo muito rico”, completa o professor.

Ele diz ainda, que a recepção dos estudantes é a melhor possível. “Eles se interessam e questionam muito mais. Algo que na sala de aula não aconteceria”.

Mas para quem acha que o estudo de campo foi só diversão, está completamente enganado. A partir da aula, os estudantes terão duas semanas para produzir um trabalho sobre o que foi trabalhado no cemitério e apresentar para a escola toda.  Sem dúvidas, está será uma aula inesquecível.