A próxima roda de percussão acontecerá na quinta-feira (28)

Quem tiver pratos, talheres ou baldes, está apto a aprender percussão. Para o professor Edson Nesk, o que conta é ter vontade de se familiarizar com os tambores e participar da “quizomba”. Músico há mais de 20 anos, ele procura percussionistas para criar o tão sonhado bloco afro em Campo Grande.

Nascido no Rio de Janeiro, o músico tenta há anos montar o grupo, mas esbarra na dificuldade em encontrar os simpatizantes dos tambores em terras pantaneiras. “É muito difícil encontrar percussionista aqui, estamos quase esquecidos nessa área”, diz. Para driblar a dificuldade, Edson escolheu formar percussionistas.

Desde o ano passado, ele organiza rodas de percussão e qualquer pessoa interessada pode participar. “Minha ideia é formar cada vez mais pessoas. Além das oficinas que são todas gratuitas, também oferecemos aulas particulares para quem puder pagar”, conta.

O bloco Afro idealizado por Edson mesclará a música à dança e à interpretação. “Gostaria que nosso bloco fosse como aqueles tradicionais da Bahia. Com muita festa e valorização da cultura”, explicou.

Em 2014, ele deixou as aulas em uma escola de musicalização particular e criou seu próprio espaço, a Escola Curimba, no Bairro Miguel Couto. “Eu sempre trabalhei com música, mas agora está será minha dedicação exclusiva”. Além de ensinar ritmo, o plano do professor é apresentar a percussão como arma para sair da rotina estressante.

Com anos de experiência em educação musical de crianças e adultos, o professor não economiza elogios à combinação de arte de educação. “A música e a arte juntas conseguem atingir várias áreas do cérebro, simultaneamente, e, por isso, são os melhores estímulos para a mente. Emoção, raciocínio, percepção, aprendizado. A música e a Arte transformam o cérebro”, diz.

A próxima roda será na quinta-feira (28) às 18 horas no Bairro Miguel Couto. Todos os interessados são convidados a participar.