Lobinhos e escoteiros desenvolvem a conscientização

Desenvolver responsabilidade social, formação do caráter, respeito e escutar os mais velhos. São alguns dos conceitos ensinados descritos pelos próprios ‘lobinhos’, como são chamados as crianças de 6 a 11 anos que participam do escotismo.

O escoteiro, expressão mais conhecida das pessoas em geral, é como são conhecidos os adolescentes de 11 a 15 anos que participam das atividades de escotismo. Já os chefes, como são chamadas as pessoas que são mais velhas que os lobinhos e escoteiros e líderes da alcateia, que cuidam dos pequenos. Dentre os ensinamentos, o escotismo trabalha com a conscientização e desenvolvimento da responsabilidade, afirma um dos chefes do grupo, Alexandrino Martinez.

Sábado, por exemplo, pelo menos 30 crianças e adolescentes, com idades entre 4 e 15 anos, participaram de uma tarde em meio à natureza recolhendo materiais recicláveis.

Na região do Parque do Sóter, em Campo Grande, os pequenos recolheram lixos que foram jogados na região. “Hoje estão limpando o local”. A atividade faz parte do projeto ‘Além do lixo’, diz.

Ele conta que, assim como outras, esta atividade faz as crianças aprenderem a cultura da responsabilidade com o meio ambiente e que diversos materiais podem ser reaproveitados, por exemplo.

O aprendizado e o contato na prática fazem as crianças aprovarem a ideia e se tornarem pequenos professores ensinando aos mais velhos como cuidar do meio que se vive. “Gosto de ajudar Campo Grande limpando, porque tem pessoas que não sabem que não pode jogar lixo na natureza”, explica a ‘lobinho’ Bruna Rabelo Espinoza, de 10 anos.

O escotismo, como explica Alexandrino, nasceu na Inglaterra, com um ex-militar, que após ter se aposentado criou uma espécie de grupo com crianças e pessoas desocupadas, que via nas ruas, para um acampamento de 10 dias. A ideia tomou tamanha proporção que hoje apenas 5 países não têm grupos de escoteiros. Somente em Mato Grosso do Sul, as cidades de Campo Grande, Ponta Porã, Dourados, Chapadão do Sul, Três Lagoas e Amambai contam com os grupos – na Capital há oito grupos.

Além da atividade de reciclagem, os escoteiros participam de várias outras, como a cerimônia da bandeira, que é feito no início e encerramento de cada atividade, e os acampamentos – a preferida da criançada. “Gostamos mais de andar no mato e acampar”, opinam Geovana Karolina e Enzo Marinho, de 13 e 12 anos, respectivamente. 

Quem tiver interesse em participar das atividades pode procurar um dos oito grupos de escoteiros de Campo Grande.