Anita diz que único desejo é ter a casa sempre cheia

Ela é popular e querida por todos. Não há uma pessoa que frequente a Feirona, desde os tempos de feira na Abrão Júlio Rahe, que não associe o nome a pessoa. Maria Eronita Batista é, para os campo-grandenses, a Anita. Aos 48 anos de idade, ela mora há 30 na Cidade Morena. Durante todo este tempo, com muito açúcar de confeiteiro e em meio aos glacês, Anita Doces foi construindo o nome que tem.

Antes de ter todo este ‘império’ gourmet e, muito antes de conseguir uma barraca na feira – em 1987, digamos que Anita, vendeu muito bombom no isopor de porta em porta para chegar onde está. “Eu cheguei de Santa Catarina há 30 anos, na época, não tinha ideia do que fazer e uma amiga veio de São Paulo e me incentivou a vender os docinhos…pelejei porque aqui em Campo Grande, não era muito comum ter um vendedor batendo na sua porta, mas relutei”, disse.

Anita, que é super alto astral, recebeu a equipe do MidiaMAIS com aquele sorrisão – o mesmo visto pelos clientes que tem na Feira e em sua confeitaria. É na feira que Anita, religiosamente, construiu, toda quarta e sábado, o paladar de sua clientela. “Eu amo estar lá; acho que a feira é um ambiente mais que familiar, é tipo, roda de amigos, meus clientes viraram amigos… lá na feira, a gente vê encontro, isso é o mais mágico de todos os meus anos dedicados lá”, avalia.

Não é por menos. Anita ‘criou’ muitas crianças com seus bombons de morango com doce de leite ou de morango com chocolate branco, inclusive quem vos escreve. “Eu vejo hoje, os meninos que eu vendia bombom, comprando bombom pro filho… isso não tem preço”, conta.

Confeitaria

Como tudo que é bom cresce, ela também cresceu. Da barraquinha na feirona, Anita criou sua própria confeitaria. Logo na entrada do bairro Cabreúva, Anita reformou a casa que comprou – vendendo bombons e fez do espaço, uma confeitaria gourmet.

O espaço Anita Doces é, além de encantador, um sonho realizado. As mesinhas de madeira com florzinhas de decoração deixam o ambiente mais gracioso, fazendo com que os clientes fiéis, degustem as gostosuras em formas de bolos e doces que ela faz com tanto carinho.

“A gente merecia um espaço para isso; porque o cliente não precisa mais esperar a quarta ou sábado para enfim, comer um pedaço de bolo ”, diz Anita que tem a confeitaria como a ‘menina dos olhos’. 

Na fachada, um pergolado de madeira, com flores fazem sombra para a varanda da frente. Lá dentro, as mesinhas tem decoração Cult e romântica e intercalam com sofazinhos e cadeiras decoradas para deixar o cliente num ambiente mais aconchegante.

A confeiteira, que faz mais de 10 bolos por dia costuma dizer que não há segredo em suas receitas e que, para um bolo de qualidade tem de optar por produtos de qualidade. “Aquilo que você quer por na sua mesa é o que você tem que oferecer para os outros e aqui procuro dar o melhor para quem vem aqui…. acho que meu único desejo é ver a casa bem cheia e todos satisfeitos”.

Sobre a concorrência, Anita é destemida: “cada uma tem sua receita, procuro não avaliar e sigo fazendo o que eu acredito que seja gostoso”.

De suas criações, ela diz ter orgulho da mais exótica, que é o pavê de leite condensado cozido, que além disso, leva biscoito e chantily e o merengue, até hoje no topo dos mais pedidos. Além destes, os bolos convencionais, ‘nutella’, ‘quatro leites’, ‘chifon’ e os clássicos, Martha Rocha e Chocolate, também são destacados na prateleira da confeitaria.

O espaço gourmet da Anita Doces fica na Rua Clemente Pereira, nº 188 – Bairro Cabreúva. Vale super a pena ir até lá se degustar dos bolos e doces que ela faz.